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Emater e Secretaria de Agricultura de Muçum se unem para recuperar áreas cultiváveis

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Após os desastres climáticos recentes na região, a Emater e a Secretaria de Agricultura de Muçum estão na linha de frente para auxiliar as comunidades rurais. As enchentes de 2023 foram seguidas por novos desafios em 2024, com deslizamentos afetando áreas antes não atingidas, como Santa Izidoro, que sofreu com o transbordamento do Arroio Brava.

Tatiane Turatti extensionista rural social da Emater

Conforme Tatiane Turatti, extensionista rural social da Emater do município, os deslizamentos têm causado sérios problemas de mobilidade, isolando famílias e dificultando o acesso a serviços básicos. A comunicação via celular e internet foi interrompida, agravando a crise. “A falta de energia elétrica, que chegou a durar até 36 dias para algumas famílias, foi um dos pontos mais angustiantes. A produção de leite, por exemplo, teve que ser descartada, causando perdas econômicas e deixando as famílias fragilizadas”, explicou.

De acordo com Turatti, a falta de mobilidade nas vias rurais impede o escoamento da produção e dificulta a entrada de alimentação para os animais. Segundo levantamento, as perdas ultrapassam os 30 milhões de reais, abrangendo perdas na agricultura, pecuária, solos e infraestrutura.

Atualmente, a administração municipal de Muçum está em fase de licitação de um programa de Recuperação da Fertilidade do Solo do Governo Estadual. O objetivo é disponibilizar recursos para a recuperação de áreas cultiváveis afetadas pelo ciclone extratropical de junho de 2023. O programa prevê a aquisição e aplicação de insumos como corretivos, condicionadores de solo, adubos, bioinsumos e sementes de cobertura.

Tatiane ressalta, que além do que já foi feito, o Governo Estadual disponibilizou linhas de crédito emergenciais, como Pronaf e Pronamp, para municípios em Estado de Emergência e Calamidade e que doações de feno para bovinos e ração para suínos, têm sido recebidas tanto do governo quanto de doadores do Paraná e Marcelino Ramos (RS). “Precisamos de fomento ou giro para que as pessoas possam honrar suas dívidas e manter as atividades essenciais, como a recuperação de estruturas físicas”, afirmou.

Por ser recente a iniciativa da Emater na assistência técnica e extensão rural e social em situações de calamidade, não há um protocolo específico estabelecido para esses casos, no entanto, várias frentes estão sendo desenvolvidas e discutidas. A extensionista destaca que, além do trabalho realizado, a Emater já prestou auxílio a mais de 160 famílias, de um total de aproximadamente 190 afetadas pelos desastres. “Dedicamos integralmente nosso tempo para ajudar a população. Estamos empenhados em superar esses desafios e contribuir para a reconstrução de nossa comunidade rural.”

Agro Dália

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