O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul registrou queda de 11,5% no segundo trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Quando a comparação é feita com o primeiro trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal, a retração é de 3,5%.
Em ambos os casos, as taxas do Rio Grande do Sul ficaram abaixo do desempenho registrado no Brasil (+3,2% e +1,2%, respectivamente). Os resultados referentes foram divulgados na tarde desta segunda-feira (19) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).
Entre os grandes segmentos da economia, a agropecuária, que sofreu com efeitos da estiagem neste ano, foi a principal responsável pela queda nos números tanto na base trimestral quanto na comparação de seis meses do ano. O setor apresentou queda de 38,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro e de 65,6% quando comparado com o período de abril a junho de 2021. É o pior resultado para o setor desde o início da série histórica, em 2002.
“O resultado negativo já era esperado, uma vez que a maior parte da produção agrícola é computada nesse período. Com a base alta do ano passado, a agropecuária sofreu a maior queda trimestral da série histórica. Seus efeitos no PIB gaúcho não foram maiores porque indústria e serviços, sobretudo o comércio, tiveram desempenhos bons no período”, destaca Vanessa Sulzbach, chefe da divisão de Análise Econômica e diretora adjunta do DEE.
Destaca-se a redução na produção de soja (-54,3%), arroz (-31,6%) e milho (-9,8%). Já a indústria obteve resultados acima dos do país nas duas bases de comparação e o setor de serviços registrou desempenho acima do nacional quando comparado com o primeiro trimestre de 2022.