FORÇA DO VALE 40 ANOS
Cali Schaffer

#CaliSchäffer | Agora vai

Todos sabemos que a segurança pública no Brasil é um desastre. O que constatamos é que os governos não têm o menor interesse em resolver o problema, e se limita a formular teorias de cunho puramente ideológico, as mais absurdas possíveis, tipo, para citar apenas uma, que os criminosos devem ser soltos para poderem se recuperar fora dos presídios. Me parece que se estavam fora e cometeram crimes, não vai ser soltando-os que vão, depois do crime cometido, se recuperar. O raciocínio não tem lógica.
Lembro que houve um tempo aqui no nosso país em que se podia andar a noite pelas ruas das cidades tranquilamente. Sentávamos nas calçadas na frente das nossas casas à tardinha para conversar com os vizinhos, e dormíamos com as janelas abertas. Até as chaves do carro ficavam na ignição, nas garagens sem portão. Eu morava na Rua Júlio de Castilhos, no centro da cidade. Meus filhos eram pequenos e brincavam na calçada. Uma dupla de policiais que chamávamos de Pedro e Paulo caminhava pela cidade, de um lado para outro, fazendo a segurança. Orientei meus filhos no sentido de que quando quisessem cruzar a rua ou precisassem de alguma coisa chamassem por eles. As crianças gritavam “PedroPaulo, PedroPaulo, ajuda”, e eles atendiam o chamado, e os auxiliavam a cruzar a rua segurando suas mãozinhas. Naquele tempo, quando ladrões e bandidos eram presos, ficavam presos.
Quando comecei a trabalhar no escritório, como viajava muito fazendo cobranças, resolvi, por cautela, comprar um revolver. Adquirida a arma me dirigi à delegacia de polícia para fazer o registro, e sai de lá em questão de minutos com ela na cintura, sem nenhuma burocracia. Não me pediram nenhum documento, a não ser a nota fiscal, necessária para identificar o armamento. Isso em pleno curso do regime militar.
Hoje é tudo diferente. Hoje, além da falta de tranquilidade, o cidadão comum que quiser portar uma arma, é quase obrigado a andar com um psicólogo ou de um psiquiatra ao lado.
Nem vou entrar em detalhes sobre os reais motivos da falta de segurança no Brasil por falta de espaço. Mas é só fazer uma pesquisa rápida que vai se saber as razões. Vou me limitar a mencionar apenas o que está acontecendo na Bahia, por causa da solução que encontraram para resolver o problema.
Ali, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes cresceu 1.393% entre 1981 e 2021. Os dados são do SIM/DataSUS. Isso aconteceu independentemente dos partidos políticos que já administraram o Estado.
Mas parece que agora a coisa vai ter uma solução definitiva.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) assinou, no dia 20 de janeiro, um decreto que proíbe a utilização de “pistolas de água” durante as festividades de rua em todo o Estado. Em uma postagem no Twitter/X Rodrigues destacou que a medida visa garantir a segurança de todos, “coibindo atos machistas”.
Conforme estabelecido no decreto, durante o carnaval e outras celebrações de rua as pessoas que portarem “pistolas de água” serão obrigadas a entregá-las nos locais designados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, e o poder público ficará encarregado de encaminhar as peças, depois de recolhidas, para as cooperativas de reciclagem.
Então, com o recolhimento obrigatório das “pistolas de água”, é praticamente certo que os crimes na Bahia vão diminuir consideravelmente, quem sabe até desaparecer completamente, especialmente os que são cometidos contra as mulheres.
Diante dessa providência impressionante e absolutamente inovadora, provavelmente nunca antes adotada nem conhecida até hoje em nenhum país evoluído do mundo, cheguei à conclusão de que a coisa AGORA VAI.

Agro Dália

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