#CaliSchäffer | Contador de histórias
Ken Follet é um escritor britânico nascido em Cardi , no País de Gales no dia 5 de junho de 1949. Famoso no mundo inteiro já escreveu diversos livros que obtiveram enorme sucesso e se transformam em best sellers, fi lmes, ou séries instantaneamente.
O primeiro livro dele que li foi a ficção histórica que levou o título de O Buraco da Agulha, numa edição do Círculo do Livro publicada no ano de 1978. Este livro foi escrito em três semanas e logo tornou-se um sucesso mundial. Ele tinha 27 anos quando o escreveu. Trata-se de uma história de espionagem ambientada na Segunda Guerra Mundial que me impressionou muito bem. Em 2018 adquiri a edição comemorativa dos 40 anos, da Editora Arqueiro, agora com uma tradução diferente.
Lá pelos anos de 1989, se não me engano, ele começou a escrever uma série de livros, na realidade uma saga, denominada de Kingsbridge, que começa com Os Pilares da Terra. A sequência é a seguinte, para quem se interessar: Os Pilares da Terra, Mundo Sem fim, Coluna de Fogo, O Crepúsculo, A Aurora e A Armadura da Luz.
No primeiro volume a história se passa na Inglaterra do século XII, e apresenta a pequena cidade de Kingsbridge. O foco é a construção da catedral da cidade, e o conflito político entre a realeza e o clero. No Mundo Sem Fim, a Igreja controla todas as atividades da cidade, e a trama prossegue assim, na cidade, com a diferença de séculos entre um e outro fato.
Acabei de ler A Armadura da Luz. Neste, a história acontece no ano de 1770. É o início da revolução industrial, com a invenção da máquina de fiar, que inova a indústria têxtil na Inglaterra, fato que causa desemprego e a desestruturação das famílias. Eventos históricos como acidentes de trabalho (um camponês morre num acidente por negligência do patrão); esforços para financiar escolas para crianças pobres; a luta contra a tirania dos poderosos em desfavor dos mais humildes; a criação, digamos, dos primitivos “sindicatos” para defender os empregados e a reação dos dominadores (um deles chega às últimas consequências para proteger sua
riqueza). Napoleão ascende na Europa e quer dominar o mundo, e os países vizinhos se preparam para a guerra. A convocação de homens para defender o país; a viuvez das esposas com a morte dos maridos; a perda de filhos adolescentes e as consequências disso tudo. O autor destaca os desafios de um pequeno grupo de pessoas que lutam por um futuro livre da opressão, e retrata as transformações que marcaram o final do século XVIII e o início do XIX na Europa, que moldaram o mundo como hoje o conhecemos.
Ken Follet é um mestre da narrativa, quando mistura fatos históricos romanceando-os com os conflitos reais da vida comum das pessoas e suas dificuldades. Os livros do autor são volumosos, devem ser lidos com calma, mas a leitura é agradável e de fácil compreensão. Lendo-os, a gente vai aprender muito sobre a história do mundo, e entender toda a sua complexidade. Vale a pena ler.”
