#ColunaDaMari | Rotativo

Rotativo
Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias é a “nova paisagem” no Centro de Encantado. Uma semana após o retorno da cobrança do estacionamento rotativo, a oferta de vagas para quem deseja acessar o comércio virou motivo de satisfação para os clientes e alívio para os lojistas, que vinham sofrendo com a queda nas vendas por falta de lugares para estacionar. Outro ponto bastante comentado é a forma de cobrança digital. Confesso que também fiquei confusa no começo — mas, lendo com um pouco mais de atenção, baixei o aplicativo e tudo ficou bem simples de entender. Também sei, porém, que muitos idosos utilizam o estacionamento, especialmente nas proximidades do hospital, e nem todos têm celular smartphone, PIX ou familiar disponível para ajudar. É cedo para falar em mudanças, mas é algo que merece ser pensado: nem todo mundo tem alguém em casa para auxiliar. A acessibilidade deve ser parte da solução. Mesmo assim, a volta do rotativo é algo a ser comemorado. E vamos torcer para que, dessa vez, o sistema seja contínuo e não uma ação passageira.
Rotativo II
Embora o Centro esteja fluindo bem, o caos agora se mudou para as ruas laterais e alguns estacionamentos privativos. Como eu sempre digo, muitos dos problemas enfrentados em Encantado vêm da falta de noção de alguns cidadãos — principalmente os que só pensam no próprio umbigo. Se isso não fosse realidade, talvez nem precisássemos de rotativo. Como já aconteceu em anos anteriores, o pátio da Igreja Matriz virou estacionamento de trabalhadores do centro, que deixam o carro lá até as 18h30, horário em que encerram as atividades do comércio. Mesmo com avisos de que o local é privativo, o fato foi ignorado. Obviamente, em caso de necessidade, nunca foi proibido estacionar ali. Mas muita gente não sabe que há programações religiosas quase todos os dias: • a tradicional Missa da Saúde, às quintas à tarde, que recebe principalmente idosos e pessoas com dificuldade de locomoção, que precisam estacionar o mais perto possível da igreja; • as reuniões da catequese, aos sábados pela manhã, com pais e crianças; • sem falar das missas tradicionais, que começam às 18h30 desde a fundação da paróquia. Também sei que caminhar não agrada a ninguém — nem a mim —, mas um pouco de noção ajuda muito na política da boa vizinhança. Afinal, o nosso direito termina onde começa o do outro. Quem sabe essa seja a hora de adotar algumas práticas de “cidade grande” — e pelo bem do meio ambiente. Um grupo de caronas para quem vem de longe trabalhar no centro ajudaria a reduzir custos e melhorar a mobilidade. Talvez também seja a hora de proprietários com terrenos baldios no centro investirem em estacionamentos pagos. Opções existem — basta mudarmos 1% da nossa forma de pensar. Se cada um fizer a sua parte, viveremos em uma cidade ainda melhor.







