#ColunadaMari | O Sine “tá estourado”
A gíria “tá estourado” é bastante conhecida, especialmente nas mídias sociais, referindo-se ao grande sucesso e à presença constante em todos os lugares. O caso do SINE de Encantado é um tanto distinto, mas com mais de 150 vagas de emprego disponíveis, permitiu-me aplicar a expressão de forma apropriada: o “SINE TÁ ESTOURADO”.
Em conversa com o Coordenador da Entidade, obtive informações sobre as significativas dificuldades enfrentadas para preencher as vagas. Um dos principais motivos é a escassa procura, aliada à falta de qualificação educacional. Paralelamente, muitas pessoas continuam enfrentando obstáculos na busca por emprego. Já testemunhei diversas situações de indivíduos entregando currículos sem saber se a empresa está contratando, e outros participando de entrevistas sem sucesso, o que gera frustração.
Embora o SINE seja uma entidade destinada a auxiliar cidadãos na inserção no mercado de trabalho, muitas vezes esse propósito é esquecido. Por outro lado, empresas anunciam vagas de diversas maneiras, mas frequentemente não conseguem preenchê-las. Isso pode ser atribuído, em parte, às decisões de analistas de Recursos Humanos, respeitando a importância desses profissionais, embora acredite que para algumas vagas o comprometimento e a vontade de trabalhar deveriam ser considerados.
Conheço diversas pessoas com grande potencial e disposição para trabalhar que não conseguem emprego devido a não se encaixarem no “perfil indicado”. Já vivenciei essa situação, inclusive ao me candidatar a uma vaga de caixa em um supermercado. Apesar de possuir qualificações relevantes, fui rejeitada com a justificativa de não me enquadrar no perfil da empresa. No entanto, observei posteriormente outra pessoa, sem o segundo grau completo, ocupando a vaga. Isso evidencia a limitação de algumas análises de RH em prever o sucesso de um colaborador.
Em uma cidade pequena, como a nossa, onde a maioria das pessoas se conhece, ter um analista de RH é importante, mas basear-se apenas nos perfis traçados por esses profissionais é injusto. Mesmo sendo um método antigo, considero que a análise de experiências profissionais por meio da carteira de trabalho e referências recentes pode reduzir a rotatividade nas empresas.
Além disso, a evolução do processo de contratação não pode ignorar a expectativa distorcida de algumas novas gerações, que almejam salários elevados sem investir em estudo e esforço, trabalhando apenas de segunda a sexta-feira. Essa mentalidade também contribui para a dificuldade em preencher as vagas disponíveis.
Reconhecendo esse cenário e cumprindo seu papel, o SINE de Encantado está promovendo o curso gratuito “Candidato Fora de Série”. Esse treinamento abordará métodos e dicas essenciais para se destacar em entrevistas, incluindo elaboração de currículo, pesquisa, vestuário apropriado, atitudes positivas e comunicação. A iniciativa visa preencher de maneira definitiva e eficaz o maior número possível de vagas. Agora, resta aguardar a participação dos interessados!
