#ColunadaMari | Ser Jornalista em Encantado é amar!
Confesso que uma das coisas que mais me incomoda é ouvir pessoas que tentam questionar a credibilidade do Jornal Força do Vale. Mais uma vez, o vereador Roberto Salton, aproveitando de sua imunidade parlamentar, subiu à tribuna para acusar o Força de publicar “fake news” sobre ele, chegando até a
ameaçar o veículo de comunicação, afirmando que registraria um Boletim de Ocorrência sobre o assunto.
Para quem não sabe, há duas semanas, o próprio presidente do PDT entregou, na redação do Força, um documento assinado pela Executiva do partido, sobre a decisão da expulsão do vereador da agremiação partidária. Esse documento foi tema de uma matéria publicada, a qual gerou desconforto ao vereador, que, mais uma vez, proferiu ofensas ao veículo de comunicação.
Como todos sabem, a relação do vereador Salton com o partido nunca foi amistosa. Apesar de ter se comprometido a representar o PDT e os interesses da coletividade, por diversas vezes o vereador deixou de lado seu compromisso para legislar em causa própria, o que, segundo seus filiados, colocou em risco a credibilidade do Partido.
Talvez não devesse usar este espaço para isso, mas ouvir certas coisas, não apenas deste vereador, mas também de outras pessoas que passam a vida tentando denegrir o Força, afeta-me profundamente. Quando eu era repórter, passei por diversas situações semelhantes, fui taxada de oportunista, parcial e até mesmo chamada de “jararaquinha adestrada” por um vereador. Sem contar as vezes em que fui perseguida, ameaçada e quase agredida pelo simples fato de elaborar notícias baseadas em fatos apurados, que não condiziam com a opinião de algumas pessoas.
Para os críticos do Jornal Força do Vale, que estão sempre prontos para falar mal, mas não perdem uma edição, e acreditam que a postura do jornal tem preço, eu afirmo que não. A credibilidade desse veículo de comunicação nunca estive à venda. Como alguém que conhece a realidade nua e crua dessa empresa, digo e reafirmo que o Jornal Força do Vale permanece de pé graças à paixão e dedicação de suas proprietárias que exercem o ofício com muita responsabilidade através do seu jornalismo íntegro e integrado.
Atualmente, o piso salarial de um jornalista é de R$ 2.905,00. A assinatura anual de um semanário em cidades do interior custa em torno de R$ 180,00, para que a pessoa receba, no conforto de sua casa, cerca de 50 edições, o que muitas vezes não cobre os custos de produção. Com o avanço da tecnologia e as notícias chegando cada vez mais rápido para as pessoas, é preciso “se virar nos 30” para manter o interesse do leitor em adquirir um jornal impresso. A venda de publicidade está cada vez mais difícil, em tempos de mídias sociais, onde a maioria das empresas e prestadores de serviços criam conteúdos digitais. Manter um jornal aberto há quase 40 anos não é tarefa fácil. Então, reflitam comigo: em meio a tantas adversidades que o jornal já enfrentou, seria necessário que o Força do Vale colocasse em risco a sua credibilidade produzindo fake news? Não mesmo! Os ataques caluniosos recebidos são a maior prova do valor que este veículo tem.
* Os artigos e colunas assinadas não representam, necessariamente, a posição do Jornal Força do Vale.
* Coluna publicada na edição do dia 09 de junho de 2023.