#NolimarPerondi | Limpeza

Limpeza
A Prefeitura de Encantado promoveu um mutirão, junto a empresas que exploram telefonia e internet, para a retirada da fiação excedente nos postes do Centro. Também foram removidos os arcos que adornavam, com gosto duvidoso, toda a extensão da Rua Júlio de Castilhos. O resultado agradou: a visão foi ampliada e a poluição visual, reduzida. Segundo a administração municipal, esse trabalho deve prosseguir em outras áreas da região urbana do município.
Indicação
O vereador Valdecir Gonzatti foi quem indicou, na Câmara de Vereadores de Encantado, a necessidade de retirada dos fios obsoletos em todo o município. É importante registrar que, muitas vezes, não é necessário um trabalho extenso ou um projeto de lei para mostrar serviço. Basta estar atento às necessidades da cidade e de quem nela vive. Parece uma indicação simples, mas com grande impacto para todos.
Carros
Outra indicação, também do vereador Valdecir Gonzatti, com apoio do vereador Diego Pretto — caso haja outro que tenha se associado à solicitação, citarei em outra oportunidade —, trata dos carros abandonados nas ruas da cidade. Esse descaso, além de comprometer o visual urbano, com mato crescendo ao redor dos veículos, pode se tornar um criadouro de mosquitos transmissores da dengue, afetando diretamente os moradores das imediações. É preciso lembrar que o interesse coletivo deve prevalecer sobre o individual. Já passou da hora de agir para remover esses veículos que permanecem abandonados em vias públicas.
Podcast
No podcast Sem Roteiro desta semana, conversei com os arquitetos urbanistas da Prefeitura de Encantado, Gilmar Scaravonatti e Andreia Pires, e com o fiscal tributário do município, Rafhael Lage. Sobre a fiscalização, Lage — que assumiu recentemente, após aprovação em concurso público — destacou a amplitude de sua atuação. Vale a pena assistir: o episódio está disponível nas redes sociais do Jornal Força do Vale.
Revitalização
Com os arquitetos Gilmar e Andreia, tratamos do projeto de revitalização da área central de Encantado e de possíveis intervenções em regiões que se tornaram impróprias para moradia, como o Bairro Navegantes, por estarem em áreas de arraste nas enchentes do Rio Taquari. A ideia, nesse caso, é transformar essas áreas em espaços de uso comum, sem possibilidade de residências. O projeto ainda está em fase de debate e ideias, sem definições concretas.
Centro
Na parte central da cidade, especialmente na Rua Júlio de Castilhos, a proposta é promover intervenções para reduzir o fluxo e o estacionamento de veículos, priorizando a circulação de pedestres. Onde houver espaço, poderão ser implantados parklets — áreas contíguas às calçadas, pequenos espaços para convivência e lazer. Essas áreas ampliam o passeio público e incentivam o uso coletivo do espaço urbano.
Estacionamento
Há uma ideia, possivelmente equivocada, de que quanto mais carros estacionados no Centro, mais clientes haverá. Hoje, um veículo pode permanecer o dia inteiro estacionado na área central de Encantado. Com o retorno do estacionamento rotativo, previsto para os próximos meses, o tempo será limitado a duas horas. Caso o mesmo espaço seja ocupado por um parklet, o uso será ampliado — por pessoas. E são as pessoas que compram, não os veículos. Se essa lógica for compreendida pelos comerciantes, e se houver engajamento junto ao poder público, com investimento nesses espaços, o ganho será coletivo. Haverá resistência? Provavelmente.
Novo
O novo sempre encontra resistência para ser aceito como melhor. Até a semana passada, tínhamos arcos que funcionavam como outdoors, com painéis publicitários ocupando espaços públicos. Talvez, na época, fossem vistos como inovação. Agora, foram retirados, e a proposta é revitalizar o ambiente, oferecendo um aspecto mais moderno e acessível para a população. Resta saber como a ideia será recebida.
Calçadas
Existe uma norma no Código de Posturas do Município de Encantado que poderia ser revisitada. Refiro-me às calçadas, que devem ter, por lei, no mínimo 11% da largura da rua. Em alguns locais, o espaço destinado ao passeio é muito estreito — e o pedestre ainda disputa espaço com árvores e postes. Há trechos da cidade com fluxo considerável de pessoas onde não há sequer um centímetro de calçada, obrigando os transeuntes a se arriscarem pela rua. E, pasmem, isso continua assim. Essa lei precisa de ajustes — no recuo e na largura.
Segurança
Falando em pessoas, calçadas e ruas, aproveito para deixar um alerta ao pedestre ao usar a faixa de segurança: é importante parar, olhar e certificar-se de que o motorista o viu. Aos pais, vale reforçar esse cuidado com seus filhos. Dias atrás, próximo à Escala Farrapos, vi um grupo de alunos e uma criança, ao avistar a faixa, correu para atravessar sem verificar se eu a havia notado. Claramente queria mostrar que aquele era “seu território” e que eu deveria parar. Claro, parei — e até sorri da situação, pois era apenas uma criança tentando se destacar entre os colegas. Mas se fosse um motorista desatento — e hoje, com o uso do celular ao volante, isso é comum — o resultado poderia ser trágico. Mesmo com razão, o pedestre precisa se cuidar. Sempre que posso, paro e dou preferência. Gentileza nunca é demais. No trânsito, o pedestre tem prioridade, não preferência. Fica a dica — também para as escolas.
Espinho
Nem tudo são flores entre os vereadores da base de apoio do prefeito Jonas Calvi na Câmara de Encantado. Na verdade, há mais espinhos que flores. O presidente Cris Costa, de forma até simplista, sugeriu à comissão responsável pela denominação de ruas o nome de um cidadão com reconhecida trajetória política e social na cidade — nome que não vem ao caso, pois não foi o foco da polêmica. Após a sugestão, o vereador Daniel Passaia — sempre atento ao regimento — reagiu: “A questão do debate que Vossa Excelência fez agora, já sugerindo, propondo… eu acho que não é papel do presidente. Já cobrei isso da presidente Jô anteriormente e volto a cobrar de Vossa Excelência.” Na réplica, Cris Costa foi direto: “Enquanto eu for presidente desta Casa, eu ordeno a pauta e a ordem do dia.” O embate continuou. O vereador Valdecir Gonzatti pediu Questão de Ordem e, com ironia, sugeriu que se homenageasse o “Zé”, personagem fictício, dizendo: “O Zé também foi falado aqui. É um senhor que fez muito por Encantado. Fica a sugestão para nome de rua.” Cris Costa respondeu novamente: “Volto a falar: esta Casa tem presidente, doa a quem doer. Quando Vossas Excelências forem presidentes, façam do jeito de vocês. Eu não vou ficar recebendo recadinho de vereador com ‘toda experiência’. Vamos nos respeitar.” Egos inflados, arrogância, ostentação de superioridade e falta de empatia têm marcado os bastidores da base governista, enquanto a oposição observa, silenciosa, a turbulência interna dos próprios aliados.
Frase
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.” — Provérbios 16:18