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Tenho fé

Os meteorologistas anunciam que teremos chuva até segunda-feira e como gato escaldado que tem medo de água, estamos todos com o coração na mão e muita fé em oração para que não passemos por tudo que já vivemos nos últimos dois anos.

Você pode acompanhar o comportamento do Rio Taquari em tempo real, pelas redes do Força!

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial veio para ajudar, acelerar processos e encurtar caminhos. Eu uso — e muito. Ela só se torna um problema quando cai nas mãos de quem tem más intenções, que a utiliza para distorcer informações ou prejudicar os outros. Mas, convenhamos: nesse caso, o problema não é a ferramenta, e sim quem a opera. Se não fosse a IA, seria qualquer outro meio. Estamos falando de caráter — ou a pessoa tem, ou não tem!

Empatia

Na quarta-feira, o prefeito Jonas Calvi deu um bom exemplo do uso positivo da tecnologia. Utilizou a Inteligência Artificial para se comunicar com os imigrantes, transmitindo orientações sobre o tempo. Sua fala foi dublada em francês, permitindo que a mensagem chegasse com clareza aos haitianos e a outros moradores que se comunicam nesse idioma. Um gesto simples, mas cheio de empatia e inclusão.

Hemodiálise e ressonância estão no plano de ação do HBST

Hospital Santa Terezinha amplia estrutura, enfrenta alta de casos gripais e projeta novos serviços

O diretor do Hospital Santa Terezinha de Encantado, Márcio Sottana, participou do programa Perondi sem Roteiro na terça-feira (17), onde apresentou os avanços, desafios e planos da instituição desde sua chegada em fevereiro de 2023. Segundo Sottana, o hospital passa por um processo de modernização para fortalecer seu papel regional. Um dos principais focos é a reforma do pronto-socorro, que terá espaços organizados por tipo de atendimento, acesso exclusivo para ambulâncias e estrutura climatizada, substituindo a atual instalação provisória. Nos últimos dias, a instituição enfrentou superlotação devido ao aumento de casos gripais e síndromes respiratórias, com atendimentos diários saltando de 90 para até 160 pacientes. “Ficamos com 100% da nossa capacidade ocupada por vários dias”, relatou o diretor. A situação foi agravada pelo afastamento de colaboradores gripados. Como resposta, o hospital retomou o uso obrigatório de máscaras e limitou as visitas a um visitante por paciente, por turno.

Centro cirúrgico tem capacidade triplicada

Entre os principais investimentos, destaca-se o novo centro cirúrgico, que triplicou a capacidade mensal de procedimentos, de 300 para 900. O hospital também avança na implantação de um centro de parto humanizado, com UTI neonatal, além da reestruturação da ala psiquiátrica, abertura de novos leitos, implantação de uma unidade de hemodiálise e planejamento da instalação de um aparelho de ressonância magnética. Sottana também agradeceu o apoio político regional e destacou a importância das emendas parlamentares para manter e expandir os serviços: “Esses recursos têm sido fundamentais para o custeio e continuidade dos atendimentos à população.”

_ O Diretor do HBST,
Marcio Sottana, foi
o entrevistado do
Perondi Sem Roteitro
da última terça-feira

Encantado enfrenta escassez de mão de obra

Encantado acompanha uma tendência nacional preocupante: a escassez de mão de obra qualificada, que já impacta diretamente empresas da região, mesmo com saldo positivo na geração de empregos formais. O tema foi debatido na palestra “Apagão da mão de obra: causas, consequências e ações mitigadoras”, ministrada por Susana Kakuta, diretora do SESI-RS, SENAI-RS e IEL-RS. Ela destacou que 75% dos empregadores brasileiros relatam dificuldade para contratar e que 38,5% da força de trabalho atua na informalidade. No Rio Grande do Sul, o problema se intensifica com o envelhecimento populacional e o desinteresse de 43% dos jovens por cursos técnicos. Em abril, Encantado teve 373 admissões e 356 demissões, com saldo positivo de 17 vagas. Ainda assim, 140 vagas seguiam abertas, conforme Franquilin Lisboa, do Sine. “Setenta por cento dessas vagas são para a indústria, e o restante se divide entre comércio e serviços de manutenção”, explicou.

“Em outubro contratamos 53 venezuelanos”

A Dália Alimentos é um dos principais exemplos desse desafio. A empresa mantém um esforço constante para recrutar profissionais, inclusive em municípios distantes. “O desafio de completar o quadro de pessoal é diário e isso vem ocorrendo há bastante tempo. Nos últimos anos, o problema se agravou muito”, relata Sandra Simonis Lucca, supervisora do setor pessoal da Dália. “Mantemos recrutamento constante em mais de dez cidades da região, além de buscar mão de obra em locais como Alegrete, Bagé, Santana do Livramento e, em breve, Itaqui.” Em fevereiro, a empresa contratou 53 trabalhadores venezuelanos por meio de um programa de interiorização da ONU, mas ainda possui mais de 100 vagas em aberto, principalmente nos frigoríficos e também em funções que exigem qualificação técnica. O presidente executivo da empresa, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, defende uma revisão nas políticas de programas sociais em regiões de pleno emprego. “Entendemos que o programa social deve existir, mas é preciso identificar quem de fato não tem condições de trabalhar, distinguindo dos que estão aptos. A falta de mão de obra representa perda de eficiência competitiva para as empresas e, em curto prazo, isso refletirá na redução de impostos, serviços e consumo.”

O imediatismo das redes sociais é prejudicial

Outro alerta vem da demografia. A estagnação populacional deve impulsionar a imigração nos próximos anos. Para garantir o desenvolvimento de cidades do interior como Encantado, será fundamental a integração entre setor público e privado, com foco em oportunidades, moradia e retenção de talentos. Algumas empresas já oferecem alojamento para os trabalhadores, como forma de reduzir a rotatividade. A evasão escolar e o desinteresse pela qualificação técnica também preocupam. Especialistas apontam que a idealização de um sucesso imediato nas redes sociais afasta os jovens da formação profissional. “Há perda de vínculo com a escola a partir dos 10 anos”, alertam. Apesar dos desafios, há caminhos possíveis. A construção de um futuro mais sustentável para o mercado de trabalho passa por políticas públicas integradas, valorização da educação técnica e colaboração entre empresas, escolas e governos.

Sandra Simonis Lucca,
supervisora do RH da Dália
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