Coluna do Perondi

#NolimarPerondi | Edição pós-pandemia do Canto da Lagoa

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Canto da Lagoa

A edição pós-pandemia do Canto da Lagoa, 17ª, foi muito esperada e, mesmo com algumas observações, não frustrou as expectativas. Bem organizado, o ginásio remodelado, a qualidade das composições classificadas de alto nível e os shows bons. O público compareceu e aplaudiu, isso é bem importante.

Fases

Não é o caso de desmerecimento, mas tenho predileção pela fase regional. A fase nacional sempre tem a participação de interpretes mais experiente e com músicas direcionadas para festivais, que, aliás, bem feitas e magnificamente executadas. A fase regional tem essa coisa de bairrismo e sempre surpreendem, seja as letras, a música, os arranjos e, claro, nossa gente na interpretação. Gostei de várias, mas quem escolhe são os jurados.

Observação

Senti dificuldade de escutar a letra das músicas, não estava nítida, ouvia o instrumental se sobrepor. Compreendo que o ginásio é para esportes e não se consegue boa acústica, porém em um festival de música o que mais se precisa é qualidade de som, diferente dos shows quando se vai mais ao embalo. O Gaita Produções, que estava à frente desta incumbência, afirma que para as próximas edições deve trazer um engenheiro de som para melhorar a qualidade. E a cerveja, exclusividade de uma só marca, deixou a desejar.

Legislativo

Lendo as duas primeiras colunas do mais novo colunista do jornal Força do Vale, Alexandre Garcia, respeitado jornalista, com um currículo invejável e notório conhecedor dos bastidores da política nacional, acredito que, humildemente, posso emendar pelo menos um motivo para o “Congresso Encolhido” e “Pesos sem Contrapeso” que foi o enfoque dado pelo articulista. Para que tenhamos essa “hipertrofia do Supremo” é necessário que os demais poderes sejam no mínimo incompetentes ou subservientes, mas no caso específico e citado foi o legislativo, Câmara dos Deputados e Senado Federal. Está correto o Alexandre Garcia. O que falta no congresso brasileiro é qualidade, porém não generalizo, pois acredito que temos alguns bons representantes.

Causa

Nos últimos anos vimos acender ao poder parlamentares representando segmentos da sociedade civil, geralmente indicados por líderes dessas segmentações onde o eleitor pouco conhece, mas acaba votando por indicação. Prova disso é que temos bancadas das mais diversas representadas na Câmara dos Deputados. Exemplo, bancada ruralista, bancada evangélica e também as bancadas políticas como a bancada da esquerda e mais recentemente, porém com grande peso, a bancada da direita. As redes sociais também contribuíram para que grande parte dos novos conseguisse o êxito, mais por seus bordões do que propriamente pela representatividade.

Qualidade

Um exemplo claro da falta de qualificação foi há poucos dias quando a Comissão de Constituição e Justiça convidou o ministro da justiça, Flávio Dino, para fazer alguns esclarecimentos, principalmente com relação a sua visita ao Complexo da Maré no Rio de Janeiro e também sobre o dia 8 de janeiro quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos três poderes em Brasília. O que se viu foram provocações, perguntas mal elaborada e a nítida falta de conhecimento de parte dos parlamentares que ali estavam. Boa parte dos deputados faziam suas intervenções com a intenção de publicar em suas redes sociais e alimentar devaneios de seus seguidores. O ministro da justiça, por sua vez, com conhecimento e habilidade foi claro, objetivo nas questões, hilário quando foi necessário e acabou “jantando”, como diz o jargão, seus detratores. Poucas vezes se viu deputados, que apenas queriam ‘jogar para a sua torcida’, demonstrarem tamanha incompetência. Talvez seja esse o motivo para que o legislativo esteja atrofiado.

Saúde

O prefeito Jonas Calvi apresentou esta semana o “novo fluxo de atendimento da saúde de Encantado”. O prefeito agrega aos postos de saúde e hospital Santa Terezinha o PA+, que é um pronto atendimento 24 horas particular onde será comprado serviços para atender os encantadenses. Também circula um folheto informando “onde buscar atendimento médico em Encantado” elencando sintomas e diante desses qual o caminho a ser seguido. Conforme se informou isso se faz necessário para desafogar os atendimentos no Pronto Socorro do HBST, que ficaria para atendimento de sintomas mais graves.

Cedo

Tudo que vem para somar no atendimento à saúde de nossa população é bem vindo. Vamos acompanhar como se dará esse novo processo de atendimento para formar opinião.

Preferência

De forma genérica, como atribuição dos municípios na área da saúde. Eu penso em saúde preventiva, programas específicos de atuação nos cuidados com as gestantes, pré-natal e atenção especial na primeira infância. Um programa insistente de imunização completa para as crianças, inclusive com busca ativa. Gostaria de postos de saúde cada vez mais equipados e com profissionais de cada área capacitados. Consultas com médicos generalistas e encaminhamento às especialidades. Medicamentos básicos. Isso tudo bem gerenciado imagino funcionar bem. Como suporte o nosso hospital que cresce e se adapta aos novos momentos.

Câmara

A grande discussão na sessão desta semana da Câmara de Vereadores de Encantado foi com relação ao projeto legislativo que institui a “Escola do Legislativo”. Mesmo não estando em discussão, pois segundo o presidente Sander Bertozzi, aguardaria pareceres para entrar na pauta de votação, foi o mais discutido e pelo visto com precário conhecimento do texto. O vereador Roberto Salton abriu seu voto afirmando que votaria contra, porque não permitiria que em ano pré-eleitoral vereadores frequentassem escolas fazendo política. O vereador Cris Costa, um dos proponentes do projeto, rebateu dizendo que estranhava que o vereador fosse contra e deixou nas entre linhas que o vereador Salton teria receio de apoiar o projeto e perder os cursos em Porto Alegre com uso de diárias. Depois a situação foi acalmando e passou. Vamos ver como será na próxima semana já com os pareceres das assessorias jurídicas.

Operação

Na sexta-feira passada os encantadenses notaram uma movimentação policial. Chamou a atenção porque até um helicóptero da polícia sobrevoava a cidade. Depois de várias versões ficou-se sabendo que se tratava de averiguações de documentos de apenados que tem o direito a trabalhar. Foram muitas as especulações com as mais variadas versões. Uma empresa do ramo de cosméticos teve a ‘visita’ de policiais em diversas viaturas para estas verificações. O empresário fez circular uma informação dando conta do fato para que a imagem da empresa fosse preservada.

Todos

Tenho notado que alguns políticos, também locais, quando falam em público costumam iniciar assim: “Gostaria de cumprimentar a todos e a todas”. O que parece ser uma forma de valorização de gêneros acaba sendo um grande equívoco, uma redundância. Pode ser considerado um assunto banal, mas é necessário para o bem do nosso português, já tanto mal tratado. A língua portuguesa se vale da forma masculina como o uso neutro, por isso ‘todos’ seria suficiente para incluir homens e mulheres. Tem ainda o uso de “todes”, bastante utilizada na comunidade não-binária, ou seja, pessoas que não se identificam com os gêneros feminino e masculino. Esse termo pode ser considerado um dialeto, pertencente a uma comunidade e não estou me referindo em gênero ou mesmo questões de igualdade e inclusão, que também deve ter seu espaço respeitado, porém aqui não é o caso. Refiro-me ao português. Dia desses vou solicitar os préstimos da leitora desta coluna, professora Luciane Lengler Worm, uma análise técnica sobre o tema, até porque não sou especialista, mas nem por isso deixo de notar algo que não bate bem no ouvido.

Dengue

É preciso controlar o mosquito transmissor da dengue com mais eficiência. São inúmeros casos registrados todos os dias em Encantado. Ao que se nota a curva não está na descendente. A necessidade exige mais contundência no combate. O uso de drones para aplicação de inseticida se faz necessário. Também é preciso o apoio da população cuidando do seu terreno. Locais com acúmulo de material que possa ser um criador de mosquito devem ter a ação da municipalidade, inclusive em áreas privadas. O coletivo deve se sobrepor ao privado. Urgência e mais eficiência ao problema.

Frase: “Sem a música a vida seria um erro”. – Friedrich Nietzsche

Agro Dália

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