Sabe aquela história de se posicionar e esperar o resultado?
Gato
“Atirei um pau no gato-to-to, mas o gato-to-to não morreu-reu-reu. Dona Chica-ca-ca admirou-se-se do berro, do berro que o gato deu, miau”. Essa música infantil povoou as casas aonde familiares divertiam-se em ouvir as crianças bradarem o famoso “miauuuuuu”. Pois bem, o tempo passou e foi adaptada para que as crianças não levassem ao pé da letra e saíssem por aí lascando pauladas nos gatos. Com alguns ajustes ficou assim: “Não atire o pau no gato (tô) porque isso não se faz (faz faz) o gatinho (nho) é nosso amigo (go) Não devemos maltratar os animais, miau”. Pode até ficar sem a sonoridade que se pretendia na até então inocente canção, porém ficou dentro de um modelo humanizado e “politicamente correto”. Parece banal para alguns, mas aos defensores da causa é importante no que se refere ao desestímulo em maltratar os animais.
Mandamento
Os Dez Mandamentos são princípios do evangelho que Deus revelou a Moisés conforme a Bíblia. Não quero aqui entrar na questão da fé, quero sim mostrar que também se fez necessário algumas adaptações, por exemplo. O Nono mandamento que hoje conhecemos assim, “Não cobiçará a mulher do próximo”, pretende mostrar que a concupiscência da carne, que seria o desejo e prazer sexual como único sentido da vida, desagrada a Deus. O texto já teve outra conotação e comparação: “Não cobiçará a casa do teu próximo, não cobiçará a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença”. Notem que a mulher, no contexto em que está, tem o sentido de pertencimento, ou seja, o homem seria seu dono. Com o tempo, precisou ser reparado.
Hino
Instalou-se uma discussão no Rio Grande do Sul por conta de uma provável modificação no Hino Riograndense. Foi votado e aprovado em primeiro turno a proposta de emenda constitucional do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) que “instituiu proteção e imutabilidade” dos símbolos do Rio Grande do Sul, como o hino. O placar foi 38 votos favoráveis e 13 contrários. Conforme o deputado proponente, Lorenzoni, “Nós somos um só povo. A bandeira do estado do RS traz escrito liberdade, igualdade e humanidade. É a tradição e a nossa história que nos mostram que nós somos um só povo”. Já o deputado Matheus Gomes (PSOL), membro da bancada negra, afirma que “a imutabilidade dos símbolos é algo que não existe em um regime como o nosso. Essa ideia tem um objetivo muito direto: tentar impedir que a sociedade do Rio Grande do Sul construa uma reflexão sobre elementos da nossa cultura que, infelizmente, preserva uma tradição oriunda do período do colonialismo, do período da escravidão”.
Debate
Sem sombras de dúvidas, a afirmação constada na letra do hino do Rio Grande do Sul tem sentido racista, isso não resta dúvida: “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. Desta forma fica sugerido que os negros foram escravizados porque não tinham virtudes, é obvio que é um equívoco histórico. Também acredito que o autor da letra, Serafim José de Alencastro, não tinha essa intenção. Ocorre que em 1838, quando foi escrito, havia escravos e era ‘normal’ considerá-los seres ausentes, “homens sem alma”. O que determinou que os negros fossem escravizados foi a supremacia do homem branco.
História
Na própria história da Revolução Farroupilha existe um capítulo macabro envolvendo os “Lanceiros Negros”, grupamento militar formado por escravos que lutavam em troca de liberdade, que foram massacrados na “Batalha de Porongos” em 1844 em um episódio bastante controverso envolvendo suspeitas de traição. Mesmo a maioria dos líderes da revolução, a exemplo de Bento Gonçalves, serem abolicionistas havia outros que não admitiam a ideia da libertação geral dos escravos. Então foi neste contexto que o autor do hino do Rio Grande do Sul escreveu a letra. Quanto ao argumento de preservação é preciso saber que oficialmente existe registro de três letras diferentes para o hino desde os tempos da Revolução Farroupilha até que foi oficializado em 1966, quando teve uma estrofe suprimida.
Jogo
Não acredito que o autor da PEC, Rodrigo Lorenzoni tenha qualquer vínculo com racismos ao defender a “imutabilidade” dos nossos símbolos. Também pouco acredito que o deputado Matheus Gomes pudesse reformar a letra do nosso hino. O que está posto é uma disputa de direita e esquerda e, lógico, o engajamento nas redes sociais. Agora, antes de tomar lado nesta pendenga é preciso diferenciar muito claramente a opinião da verdade.
Corsan
Depois de muito embate político e jurídico o governo do estado conseguiu vender a Corsan para a iniciativa privada. Aqui em Encantado deve começar uma discussão se é interessante municipalizar o sistema de água e esgoto ou formalizar o contrato com a empresa que vai substituir a Corsan. É preciso dizer mais uma vez, Encantado que se vangloria de ser um município organizado e agora com fortes características turísticas não tem sequer um metro de esgoto tratado.
Data
Já tem data marcada para a filiação do prefeito Jonas Calvi ao PSDB. Será no dia 20 de julho no CTG Giuseppe Garibaldi com início às 18h30min. No convite assinado pelo presidente municipal do partido, Rogério Conzatti, não consta nomes importantes do PSDB estadual que poderão estar presentes, como por exemplo, o governador Eduardo Leite.
Régua
O vereador Duda do Táxi usou a tribuna na sessão desta semana da Câmara de Vereadores de Encantado e afirmou que “é preciso elevar a régua das discussões na Câmara”. Foi bastante prolixo ao citar a necessidade de se buscar alternativas para construir casas populares. Também fez um rodeio para dizer que é preciso modificar a lei que vigora no município e que dispõe de auxílio aluguel para empresas. Quem não conhecia do assunto não conseguiu acompanhar o raciocínio do vereador que apontou um projeto de auxílio a um empresário que durou apenas 24 horas na Câmara e foi retirado pelo executivo. É importante que o vereador saiba que necessariamente a população que assiste às sessões domine os assuntos que tramitam na Casa. Mais objetividade e clareza ajudam a resolver as dúvidas.
Tensa
Recebi a informação de que a reunião da semana passada entre os progressistas de Encantado teve momentos tensos. Ao que se soube teve até dedo em riste. Deve ser o período pré-eleitoral e suas indecisões. Na verdade, mais do mesmo.
Presença
Foi só circular uma foto nas redes sociais onde estavam Gustavo Mezzomo (MDB) e Enoir Cardoso (PP) que o Mezzomo já está marcando presença nas sessões da Câmara de Vereadores de Encantado. Sabe aquela história de se posicionar e esperar o resultado?
Suinofest
Sim, teve divulgação de resultados da edição deste ano da Suinofest. O presidente da Acie, Alex Herold, enviou relatório contendo inclusive os valores financeiros auferidos na edição deste ano. Na área gastronômica teve lucro de R$ 109.587,00. A verba pública, patrocínio do município e lei Rouanet, foi todo aplicado na área externa e eventos culturais. Foi informado que os expositores anunciaram um volume de negócios na ordem dos R$ 5 milhões. Conforme Herold o impacto financeiro do evento foi de R$ 7,5 milhões. Ainda segundo a divulgação não está certo ainda se haverá a festa gastronômica todos os anos e se terá o formato de três finais de semana.
Frase
“Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”. – Mahatma Gandhi