#RaquelCadore | A Doçura dos Santos Juninos

Junho chega e com ele as bandeirinhas coloridas, as comidas típicas e o cheiro bom de memória no ar, mas mais do que tradição e festa, este é também um tempo de fé, de recordar histórias que atravessaram séculos e ainda nos falam ao coração. Santo Antônio, São João e São Pedro — cada um deles com ensinamentos que podemos levar para a vida.
Santo Antônio, um grande pregador e defensor dos mais necessitados. Sua fama de juntar corações vem do seu olhar compassivo e da sua escuta acolhedora. Talvez a maior lição de Santo Antônio seja a de escutar com o coração, olhar com ternura e ajudar com humildade. Quem me conhece sabe que sou devota a Santo Antônio, e que o meu filho se chama Antônio pela minha devoção a ele.
São João é símbolo da alegria. É o único santo cujo nascimento é celebrado, e não a morte (como é comum com outros santos). Foi ele quem batizou e anunciou o amor que vinha ao mundo. O aprendizado é a simplicidade, reconexão com o que é puro, verdadeiro e essencial. Confiar que a vida é sagrada, mesmo quando parece comum.
São Pedro foi escolhido para ser a base da Igreja. Teve medos, dúvidas, caiu e se reergueu. O “Porteiro do Céu” é sempre representado com duas chaves, uma do céu e uma da terra, simbolizando autoridade espiritual. Ele nos ensina que ter fé não é não errar, é seguir mesmo com as imperfeições, e mesmo reconhecendo nossas fragilidades, é prioridade continuar amando, acreditando, construindo pontes.
São Pedro é o nosso padroeiro, aquele a quem confiamos nossa cidade. Celebrá-lo é também celebrar nossas raízes, nossa fé comunitária e o valor de acreditar em dias melhores, mesmo depois das tempestades. São Pedro, com sua chave nas mãos, nos convida a abrir o coração para a esperança, a perseverança e o cuidado com o outro.
A fé não é apenas rezar ou pedir, é também agir com compaixão, caminhar com esperança, viver com mais leveza. A fé nos sustenta nos dias difíceis, e dá brilho aos dias simples. Que nossas crenças não sejam muros, e que a fé nos torne mais humanos, mais doces, mais presentes. Que possamos, como os santos de junho, espalhar amor onde passarmos.