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#RaquelCadore | Símbolos do Flores.Ser!

Na parede do Flores.Ser uma árvore inteira respira, a árvore da vida que simboliza conexão. As raízes são a nossa origem, onde moram a família, os ancestrais, o lugar onde nascemos, as histórias que vieram antes de nós, nelas moram nomes que talvez nem saibamos pronunciar, mas que nos trouxeram até aqui. Histórias que não escolhemos viver, mas que sustentam quem somos. O tronco é o “eu” que aparece no mundo, a forma como nos posicionamos, nossos valores. A copa é a parte mais visível da nossa existência. As folhas lembram que tudo em nós é feito de ciclos: há pessoas, ideias e fases que chegam, verdejam e depois caem, abrindo espaço para o novo.

Este grafite não é apenas pintura: é um manifesto. No centro do mural, uma árvore se abre como quem respira o mundo. Suas raízes descem fundo, procurando histórias guardadas no silêncio da terra. Da copa brotam cores que lembram a vida em movimento, como se cada folha guardasse um nome, uma memória, um gesto.

O sol desce atrás das montanhas e tinge o céu de passagem. Há algo de antigo nesse tipo de luz, um convite para olhar o tempo com calma, como quem entende que todo fim carrega um começo disfarçado. No horizonte a silhueta do Cristo Protetor vigia em silêncio, marcando o lugar onde vidas se encontram e seguem adiante. É um ponto de referência no meio da paisagem, um sinal de que pertencemos a algum pedaço de chão, mesmo quando o vento insiste em nos mudar de lugar, simboliza a fé na vida e no caminho.

As borboletas atravessam o ar com um voo breve e imprevisível. Vêm lembrar que a transformação não é exceção: é parte do caminho, é modo de continuar. Assim, o mural reúne raízes e asas, solo e horizonte, passado que sustenta e futuro que nos chama a florescer. É a imagem da vida que cresce, se refaz e permanece vibrando no espaço onde foi plantada.

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