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Após assinatura de ordem de início, obras na ERS-129 seguem paradas

Governo estadual anunciou investimento de R$ 56 milhões em setembro, mas moradores relatam que nenhum serviço foi iniciado no trecho entre Estrela, Colinas e Roca Sales.

Mesmo após o anúncio oficial do governo estadual, as obras de pavimentação da ERS-129 seguem sem execução. Moradores afirmam que o trecho, vital para o Vale do Taquari, continua abandonado dois meses após a assinatura da ordem de início.

Ordem assinada, obra parada

No dia 3 de setembro de 2025, durante solenidade na Expointer, em Esteio, o governador Eduardo Leite assinou a ordem de início para a pavimentação e recuperação de seis quilômetros da ERS-129. O investimento previsto é de R$ 56 milhões, com expectativa de conclusão no primeiro semestre de 2026.

Apesar da assinatura e do anúncio de que estudos e projetos já estavam concluídos, moradores relatam que nenhum trabalho efetivo começou no trecho.

Estrada em más condições

A rodovia é considerada estratégica para o Vale do Taquari e chegou a ser a única via de ligação durante as cheias do ano passado. Hoje, sem melhorias, a comunidade enfrenta problemas diários:

  • buracos e desníveis que colocam motoristas em risco;

  • poeira intensa em dias secos;

  • veículos atolados em períodos de chuva;

  • danos frequentes em carros e caminhões que utilizam a via.

“O asfaltamento da RS-129 está sendo enrolado há anos. O governador faz anúncio, as máquinas aparecem só para tirar fotos e depois abandonam a estrada de novo. A comunidade não aguenta mais tanta promessa sem resultado”, desabafou um morador da Linha Fazenda Lohmann em relato ao Jornal Força do Vale.

O que diz o DAER

Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), os ensaios de campo e análises de solo foram concluídos em julho, e o projeto executivo foi encaminhado para validação. A autarquia afirma que a rodovia é considerada complexa, o que exige mais tempo de análise técnica.

Enquanto isso, o órgão confirmou que haverá manutenção emergencial no trecho, mas ainda sem cronograma definido.

Obra considerada estratégica

Além da pavimentação, o projeto prevê dispositivos de drenagem e elevação da pista, com o objetivo de aumentar a resistência da rodovia a eventos climáticos, principalmente em áreas atingidas pelas cheias do Rio Taquari.

Para a comunidade, no entanto, as promessas sem prazos concretos aumentam a frustração com a demora.

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