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Câmara aprova lei que endurece combate a facções e milícias

Proposta prevê penas mais duras, novas tipificações criminais e regras rígidas para progressão de pena e confisco de bens. Texto ainda será votado no Senado.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) o Projeto Antifacção, que cria um novo marco legal para o combate ao crime organizado no Brasil. O texto prevê aumento de penas, criação de novos crimes e mecanismos mais rígidos para investigação e bloqueio de patrimônio. Agora, segue para o Senado.


Principais mudanças previstas no texto aprovado

O projeto trata de organizações criminosas, milícias e grupos paramilitares, com foco especial nas chamadas “facções ultraviolentas”. Confira os principais pontos:

 Aumento de penas

  • Homicídio, latrocínio e lesão seguida de morte: 20 a 40 anos

  • Roubo: 12 a 30 anos

  • Sequestro: 12 a 20 anos

  • Extorsão: penas triplicadas

  • Novos crimes: domínio territorial, uso de drones, ataques à infraestrutura e “novo cangaço”

 Progressão de pena mais rígida

  • Poderá exigir entre 70% e 85% do cumprimento da pena, conforme gravidade e reincidência

 Presídio federal obrigatório para líderes

  • Chefes de facções cumprirão pena em presídios federais de segurança máxima


Confisco de bens e atuação sobre empresas

O projeto também fortalece o confisco de bens de investigados e autoriza intervenção judicial em empresas usadas por organizações criminosas. Destaques:

  • Bloqueio imediato de contas, imóveis, criptomoedas e outros ativos

  • Alienação antecipada dos bens ainda durante a investigação

  • Empresas suspeitas podem ser alvo de interventores judiciais com poderes para suspender contratos e promover auditorias


Outras medidas aprovadas

  • Proibição de voto para presos, inclusive provisórios

  • Monitoramento audiovisual de parlatórios com ordem judicial

  • Ampliação de buscas, quebras de sigilo e audiências por videoconferência


O que ficou de fora

  • Equiparação de facções ao terrorismo foi rejeitada

  • Mudanças na atuação da Polícia Federal foram retiradas

  • Regras para proteger policiais infiltrados não foram mantidas no texto final

O projeto, relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pela Presidência da República para virar lei.

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