Caminhoneiros convocam paralisação para esta quinta-feira

Caminhoneiros de diferentes regiões do país estão articulando uma paralisação nacional a partir desta quinta-feira (4), com apoio de lideranças autônomas e divulgação pelas redes sociais. O movimento, porém, não tem adesão confirmada das principais entidades da categoria, que veem riscos de politização.

A mobilização foi anunciada por Franco Dal Maro, conhecido como Chicão Caminhoneiro, da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), e pelo desembargador aposentado Sebastião Coelho. Ambos estiveram em Brasília na terça-feira (2), onde protocolaram uma pauta de reivindicações na Presidência da República. Entre os pedidos estão mudança no marco regulatório do transporte de cargas, estabilidade para autônomos e aposentadoria especial após 25 anos de atividade.

“Estamos fazendo dentro da legalidade, protocolando na Presidência da República, conforme estabelece o direito de greve citado na Constituição”, declarou Dal Maro em vídeo publicado após o ato.

Entidades negam participação

Apesar da convocação, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou não reconhecer qualquer deliberação conjunta sobre greve. A FETRABENS, federação estadual de São Paulo, também se manifestou contrária ao movimento, destacando que decisões desse tipo precisam ser tomadas de forma coletiva e formal.

A CNTTL, confederação ligada à CUT, repudiou o uso do nome da entidade em convocações não autorizadas e alertou para possíveis interesses políticos por trás da mobilização.

Adesão incerta e possíveis impactos

Como não há confirmação da extensão da adesão à paralisação, ainda é difícil prever os impactos. Caso a greve avance, o país pode enfrentar atrasos na logística e risco de desabastecimento em setores estratégicos, como combustíveis e alimentos.

Grupos favoráveis à paralisação prometem manter o movimento “pacífico e legalizado”, mas o cenário permanece indefinido até a data marcada.

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