Dália está habilitada a exportar para o Chile

No mês de outubro os frigoríficos de suínos e de frango da Cooperativa Dália Alimentos foram habilitados a exportar produtos para o Chile. A Dália agora tem a possibilidade de vender carnes in natura de frango e suínos, além de cortes submetidos a tratamento térmico para suínos e miúdos de frango.

Conforme a Gerente da Divisão Qualidade, Ivane Giacobbo, o mercado chileno é importante e tem uma grande vantagem em relação à logística que, por ser um país vizinho, o transporte pode ser realizado por via terrestre.

Ivane também ressalta que a habilitação é um dos resultados de um acordo entre o Brasil e o Chile para facilitar a exportação para o país Sul-americano.  “Durante o ano de 2023 o Brasil assinou um acordo com o Chile de pré-listing, tornando o processo de autorização dos frigoríficos menos burocrático e facilitando o acesso de novas plantas brasileiras ao mercado chileno”, afirma.

Com o novo acordo entre os países vizinhos, a habilitação sanitária dos estabelecimentos para exportação de carnes é feita pelo país exportador, ou seja, pelo Brasil, em conformidade com as regras do país importador. “A medida possibilita que o governo brasileiro identifique quais plantas nacionais cumprem as exigências do Chile e indique-as para iniciar a venda para lá. Assim, fica dispensada a necessidade de habilitação e inspeção individual das empresas brasileiras pelas autoridades chilenas”, explica Ivane.

Vantagens  

A Supervisora de Exportação, Silvana Todeschini Gomes, destaca que é necessário o cumprimento de várias exigências específicas para exportar a determinados países. “A Dália está empenhada em trabalhar para abrir novos mercados, reconhecendo a importância de ampliar suas opções de modo geral, pois o acesso a outros mercados representa novas possibilidades de negócios e, no futuro, pode trazer vantagens como a expansão do negócio para outros destinos”, ressalta Silvana ao lembrar que cada mercado é único e apresenta desafios e oportunidades específicas.

Entre as possíveis vantagens elencadas pela supervisora estão: o aumento da produção, ajuste de participação de mercado durante uma crise nacional, redução da carga tributária, aumento dos lucros e até mesmo a redução de prejuízos. Para ela, as constantes mudanças no mercado, influenciadas de forma globalizada, faz com que nem sempre as melhores opções se mantêm estáveis. “Dependendo da oferta e demanda entre outros fatores, como acessibilidade e situação econômica, mostram que direcionar o produto para outros destinos pode significar, muitas vezes, a manutenção do negócio. Portanto, ter outras opções de escolha nos permite trabalhar melhor o resultado”.

E o Chile? 

Os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comprovam que o Chile é um mercado importador importante, tanto para a carne suína quanto para o frango. “Observamos que de acordo com os dados divulgados pela ABPA, entre janeiro a setembro deste ano, o Chile representou 15% do volume total de frango exportado pelo Brasil. Já o suíno, no mesmo período, chegou a 7%”.

Por fim, ela menciona que esses números indicam que esse mercado é significativo para a indústria de carnes brasileira. “Essas estatísticas são importantes na hora das empresas adotarem suas estratégias para exportação”.

Países que a Dália já exporta  

Os cortes suínos congelados estão presentes no mercado internacional desde 1992, no qual fazem parte os países: Uruguai, Hong Kong, Singapura, Vietnã, Egito, Costa do Marfim, Geórgia, Abkhazia, Provedoria Marítima, Libéria, Macau, África do Sul, Angola, Dubai, Azerbaijão.

A exportação de cortes de frango ocorre desde 2020, época em que o frigorífico também conquistou o certificado para abate Halal. De acordo com Silvana, essa certificação atende mais de 200 países, parte dos quais a Dália já possui habilitações especificas. Em dois anos de atividade de exportação, o setor avícola da Dália está presente na Abkhazia, Japão, Singapura, Hong Kong, Haiti, Moçambique, Suriname, República Democrática do Congo, África do Sul, Emirados Árabes e na Angola.