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Dália inaugurará queijaria na fábrica em Aimoré dias antes de completar 75 anos

Inicialmente com produção em menor escala, a partir da segunda quinzena de junho, a cooperativa oferecerá cinco tipos de queijos

Objetivando atender as demandas dos clientes interessados em qualidade, a Cooperativa Dália Alimentos amplia o seu portfólio de produtos e iniciará,  na segunda quinzena do mês de junho, produção própria de queijos na unidade localizada no bairro Aimoré em Arroio do Meio.

Serão produzidos cinco tipos de queijos: muçarela, provolone, prato, colonial e coalho. Porém, o segmento queijeiro não é uma novidade para a Dália. Durante a década de 1970, a empresa fabricou queijo em uma pequena indústria localizada em Charqueada no distrito de Putinga, com foco no consumo local e regional. Depois, na década de 90, passaram a ser produzidas diversas opções de queijo na Unidade Aimoré, com comercialização estadual.

Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas

Segundo o Presidente Executivo, Carlos Alberto Figueiredo Freitas, a queijaria é muito importante para a Dália, porque a cadeia de produtos lácteos comporta-se de forma diferente das demais ao longo do ano: há momentos em que o leite UHT é mais rentável, outros que não, quando então, a produção é transferida para o leite em pó ou queijo. “Assim, com a queijaria, teremos três grupos de produtos com rentabilidade em períodos diferentes, o que nos possibilita diferentes opções para a transformação da matéria-prima”, explica.

Para o presidente, outro fator que caracteriza a importância da queijaria, é o atendimento à nossa força de vendas, cuja clientela tem interesse em expandir a aquisição de produtos fatiados.

História da fábrica do bairro Aimoré

A indústria localizada em Aimoré foi adquirida pela Dália em 1965 e acompanhou a tendência de motivar os associados para a criação de gado leiteiro. Nessa década, a Dália ampliou o setor de atuação para produção de laticínios, onde o rendimento econômico era superior ao da suinocultura.

A empresa foi considerada uma das primeiras cooperativas do Rio Grande do Sul a industrializar o leite UHT. Com o avanço da demanda, em 1996 a empresa adquiriu a primeira máquina da Tetra Pak, com capacidade para envase de seis mil litros/hora. Em seguida, foi executado investimento em mais três máquinas, ampliando a produção para 24 mil litros de leite/hora, equivalente a 440 mil litros de leite por dia.

A produção da indústria no bairro Aimoré cessou suas atividades de envase de leite em outubro de 2020, mas permaneceu com a produção de nata, quando toda a produção passou para o Complexo Lácteo, localizado em Palmas, em Arroio do Meio, construído em 2012. Hoje, o complexo produz toda a linha de laticínios da Dália: leite em pó integral, leite UHT Integral, desnatado, semidesnatado e zero lactose e creme de leite; e, na linha Sabor da Fazenda: zero lactose, integral e creme de leite. “Na indústria no Aimoré se produzia leite UHT, nata e até queijos”, recorda o gerente.

De acordo com o gerente da Divisão Produtos Láteos (DPL), Antônio Maria Salazar Leivas, quando a produção de leite foi desativada na unidade do Aimoré, algumas máquinas foram vendidas, no entanto, a mais antiga, encontra-se no memorial da empresa no Parque Dália em Encantado.

“O memorial guarda a primeira envasadora de leite que a cooperativa adquiriu. Já as outras máquinas, uma foi vendida para uma empresa aqui do Brasil e outras duas, foram para uma indústria chinesa”, relata.

Gerente da Divisão Produtos Lácteos, Antônio Salazar fala da importância da queijaria

Assim, a única atividade mantida e que continua em funcionamento no Aimoré, é a produção de nata. “Atualmente produzimos entre 6 a 10 toneladas/dia de nata, porém temos capacidade máxima para produção de 16 toneladas”, explica.

Além da produção de nata, a unidade dispõe de armazenamento de leite UHT, que é envasado no Complexo Láteo de Palmas. “Nosso estoque tem capacidade de alocar cerca de 2 milhões de litros de leite”, afirma o gerente.

Mix de produtos e expectativas

Conforme Salazar, a muçarela será o tipo de queijo de maior volume de produção dentre os que serão fabricados, pois corresponde a 70% do consumo de queijos no mercado brasileiro.

Ao todo, serão 22 embalagens para diversos tamanhos e formatos dos queijos, muçarela, prato, provolone, coalho e colonial, variando entre peças de 4 kg e fatiados de 150 gr.  Além disso, deve ser comercializado para outras fábricas alguns subprodutos, como soro concentrado, creme de soro e retalhos que sobram da central de fatiados.

O volume estimado para produção é de até 12 toneladas de queijo/dia e, eventualmente, a empresa poderá fazer pequenos investimentos para ampliar essa produção, mas é necessário viabilizar uma larga rentabilidade primeiro.

“Temos projeção para futuras adaptações de mais máquinas no setor de fatiamento. A área pode ser adaptada com a instalação de mais duas máquinas para o setor de fatiamento e, com isso, aumentando a capacidade para até 18 toneladas/dia”, afirma.

A produção de queijos representará um mix mais amplo de produtos que a Dália comercializa no mercado “Será um produto excelente, ainda mais com o selo de confiança que a cooperativa possui. Com essas características, mesmo com os desafios ao entrar nesse mercado, nossas perspectivas de vendas são as melhores”, reafirma Salazar.

Investimentos

Toda a montagem do maquinário tecnológico é sofisticada, de operação automatizada e semiautomatizada, o qual vem sendo instalado desde o mês de março do ano passado e totalizam o investimento de R$ 14 milhões de reais.

Processo

De acordo com o Supervisor de Produção da unidade do bairro Aimoré, Diego Pereira Cardozo, a fabricação do queijo inicia desde o momento que o leite chega na unidade, onde ele é armazenado em silos com a capacidade de até 125 mil litros. Em seguida é resfriado, pasteurizado e encaminhado aos tanques de fabricação (da marca Queijomatic). Após ocorrer a coagulação do leite, a massa láctea obtida passa por diferentes processos desde a separação do soro, acidificação, filado, prensado, salga, fatiamento e, por fim, é destinado ao setor da embalagem. Para cada variedade de queijo existem fluxos e processos distintos. A embalagem ocorre em duas máquinas e, dependendo do tipo do produto, utiliza-se a máquina a vácuo ou a termoformadora.

Embutidos/cárneos  

Além de queijos, o conjunto no setor de fatiamento e termoformadora também podem ser utilizado para embalagem de embutidos cárneos. “Há câmaras frias específicas somente para cárneos e outras câmaras frias somente para os queijos. Nos dias de embalar os embutidos, o fluxo passa a ser só de cárneos e na parte da queijaria, o setor é isolado no dia, podendo retornar ao fatiamento de queijos após higienização e limpeza de todos os equipamentos”, finaliza Diego.

Agro Dália

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