EUA pode reduzir tarifas sobre café e banana após alta de preços
Governo dos EUA avalia reduzir imposto de 50% sobre produtos importados do Brasil e América Central

O governo dos Estados Unidos avalia reduzir tarifas de importação sobre produtos como café e bananas, após alta nos preços e pressão política interna. A tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros tem sido apontada como um dos fatores que elevou o custo desses alimentos em 2025.
Preocupação com a inflação
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou nesta quarta-feira (12) que fará um anúncio “substancial” sobre o preço desses itens nos próximos dias. A medida é parte de uma estratégia para aliviar a inflação dos alimentos, que se tornou um dos principais temas entre os eleitores americanos.
O café, por exemplo, registrou alta de 21% em agosto e 19% em setembro, segundo dados oficiais. Além de fatores climáticos, o aumento também é atribuído à tarifa imposta por Trump neste ano, que elevou os custos da importação de grãos de café — dos quais a maioria vem do Brasil, segundo a Associação Nacional do Café dos EUA.
Café, bananas e outras frutas
Durante entrevista à emissora Fox News, Bessent afirmou que o alívio tarifário se concentrará em produtos não cultivados em território americano. Entre os itens citados estão:
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Café em grão, amplamente importado do Brasil
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Bananas, majoritariamente vindas da Guatemala, Equador, Costa Rica e Honduras
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Frutas tropicais, que também enfrentaram tarifas de até 15% nos últimos meses
“Vamos reduzir os preços muito rapidamente”, declarou Bessent.
Contexto político e projeções
A revisão tarifária surge após resultados negativos do Partido Republicano nas eleições estaduais, levando Trump a tentar reforçar a imagem de controle econômico. Ele já havia sinalizado a intenção de “reduzir algumas tarifas” para viabilizar a entrada de café no país.
Segundo o Departamento de Agricultura, 85% das bananas consumidas nos EUA são importadas da América Central. A expectativa do governo é que a medida alivie o custo de vida no início de 2026, com salários crescendo acima da inflação.






