EUA retiram sobretaxas sobre 249 produtos agrícolas brasileiros
Medida beneficia exportações de carnes, frutas, café e derivados. Ministro da Agricultura considera decisão positiva para o agronegócio e mercados internacionais.

O governo dos Estados Unidos retirou as sobretaxas comerciais que incidiam sobre 249 produtos agrícolas brasileiros, em medida considerada estratégica para aliviar tensões comerciais e fortalecer o intercâmbio entre os países. A decisão foi anunciada oficialmente nesta quinta-feira (20), por meio de ordem executiva assinada pelo ex-presidente Donald Trump.
A lista, que possui 36 páginas, contempla itens distribuídos em nove grandes categorias, com destaque para carnes bovinas, frutas tropicais, café, castanhas, produtos processados e até fertilizantes, relevantes tanto na exportação quanto na importação brasileira.
Principais produtos liberados
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, os produtos mais impactados pela medida são:
-
Carnes bovinas: cortes frescos, congelados, com ou sem osso, miúdos e carnes curadas
-
Frutas e vegetais: abacate, manga, coco, lima, tomate, abacaxi, mamão, raízes tropicais
-
Café e derivados: grão verde, café torrado, descafeinado e substitutos
-
Chá, erva-mate e especiarias: chá verde, pimenta, noz-moscada, cravo, gengibre e cúrcuma
-
Castanhas e sementes: castanha-do-pará, de caju, macadâmia e sementes diversas
-
Sucos e polpas: sucos de laranja, limão, abacaxi, polpa de açaí e água de coco
-
Cacau: amêndoas, pasta, manteiga e pó de cacau
-
Processados: geleias, purês, palmito, tapioca, amidos, produtos em conserva
-
Fertilizantes: ureia, fosfatos, nitratos e cloreto de potássio
O ministro Carlos Fávaro classificou a decisão como uma “notícia tranquilizadora para o agronegócio brasileiro e para os mercados internacionais”.
Impacto no setor
A retirada das sobretaxas — que em alguns casos chegavam a 40% — deve melhorar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado norte-americano e abrir caminho para novos contratos de exportação. O agronegócio considera a medida uma vitória diplomática e comercial.






