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Gripe aviária: foco no zoológico de Sapucaia do Sul é o único ainda ativo no RS

Mais de 160 animais de 11 espécies morreram no local; Ministério da Agricultura monitora situação

Um mês após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, o único foco ainda ativo no Rio Grande do Sul está no Zoológico de Sapucaia do Sul, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi), já foram registradas 166 mortes de animais de 11 espécies diferentes no zoológico. O local segue em monitoramento e novas coletas de amostras estão previstas para verificar se os óbitos continuam sendo causados pelo vírus da influenza aviária.

Os focos em vida selvagem não são saneados, persistem enquanto houver animais doentes”, explicou Fernando Groff, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi.

Primeira contaminação comercial no país foi controlada

O surto comercial, registrado em 15 de maio, ocorreu em uma granja de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e já foi totalmente contido. No dia seguinte, foi identificada a presença do vírus também no zoológico.

A análise genética apontou que a cepa do vírus H5N1 encontrada em ambos os locais é a mesma detectada em 2023 na Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar. Segundo a Seapi, isso indica que não houve mutação e que o vírus não é novo no estado.

Medidas de contenção e controle

Para conter o avanço do vírus, o governo estadual implementou, em 17 de maio, sete barreiras sanitárias em Montenegro. Com a estabilização da situação, todas foram desativadas até o fim de maio.

Desde então:

  • A fiscalização segue com equipes móveis em um raio de 10 km do foco inicial;

  • Mais de 4,1 mil veículos foram abordados e desinfetados;

  • Novos ciclos de vistorias estão programados para segunda (16) e terça-feira (17).

Reta final para o vazio sanitário

O Brasil poderá ser declarado livre da gripe aviária em sua avicultura comercial se não houver novas ocorrências até 18 de junho. Esse prazo corresponde ao vazio sanitário de 28 dias, iniciado após a desinfecção da granja de Montenegro, concluída em 21 de maio.

A confirmação do vírus impactou as exportações brasileiras de frango, levando mais de 30 países a impor restrições temporárias ao produto nacional.

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