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Grupo de Canoas pedala por 42 dias até o Chile em expedição com mais de 2,6 mil km

Cinco amigos com mais de 55 anos cruzaram o sul do Brasil, Uruguai, Argentina e os Andes até chegar a Viña del Mar

Cinco ciclistas de Canoas, todos acima dos 55 anos, percorreram mais de 2,6 mil quilômetros em uma jornada de bicicleta entre o Litoral Norte do RS e o Chile. A viagem durou 42 dias e passou por desafios como vento, frio, calor e imprevistos nas estradas.

Travessia continental sobre duas rodas

A jornada começou em Tramandaí, no Litoral Norte gaúcho, e terminou em Viña del Mar, no litoral chileno. Os viajantes, todos amigos de longa data, foram:
•Carlos Afonso Schuch, 60 anos
•Hermes David Ramos, 67 anos
•Jair Mário Cardoso, 61 anos
•Oraci Vieira Júnior, 57 anos
•Roberto Borba Hartmann, 54 anos
Dos 48 dias fora de casa, 38 foram pedalando, quatro de descanso e os demais dedicados ao deslocamento de volta, feito de ônibus.
“Já tinha feito pedais longos, mas nunca nada assim. No máximo, uma semana fora de casa”, contou Schuch, arquiteto e um dos líderes da aventura.

Frio, calor e vento contra

Durante a travessia, o grupo enfrentou temperaturas entre 6ºC e 35ºC, além de trechos com vento forte nos Andes, que chegaram a empurrar ciclistas para fora da pista.
“A gente brinca que o vento está sempre contra. Teve momento em que quase fui jogado para fora da estrada”, relatou Schuch.
No caminho, o grupo dormia onde conseguia: em pousadas, postos de gasolina ou até mesmo acampamentos improvisados. Um dos momentos mais tensos foi no Uruguai, quando a chuva e o frio obrigaram os ciclistas a se abrigarem em um celeiro desativado.
“Foi o dia que senti mais medo. Já era noite, sem saber onde dormir, e chovia muito”, lembrou.

Alimentação e rotina na estrada

A alimentação era feita com lanches de beira de estrada e mantimentos levados na bagagem. As roupas eram lavadas à mão e secas ao vento durante o trajeto.
“A rotina era pedalar, comer e dormir. Mas planejar tudo e lidar com imprevistos era quase tão difícil quanto pedalar”, contou o arquiteto.

Chegada e próximos planos

O ponto mais alto da viagem foi em Las Cuevas, na Argentina, antes da descida até o Pacífico. A chegada a Viña del Mar foi marcada por emoção e sensação de dever cumprido.
“Nos abraçamos muito. Ver o mar foi como cruzar a linha de chegada de uma maratona”, disse Schuch.
Dois dos ciclistas ainda encararam um mergulho gelado no Pacífico. E apesar do cansaço, o grupo já pensa em novos desafios:
“Disse que não faria de novo, mas já estou imaginando uma próxima viagem”, finalizou.
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