
A libertação dos 48 reféns israelenses ainda mantidos em Gaza deve começar na manhã de segunda-feira (13), segundo informou neste sábado (11) um dirigente do grupo terrorista Hamas à agência AFP. A ação faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo negociado com mediação internacional.
Troca por prisioneiros palestinos
De acordo com Osama Hamdan, representante do Hamas, o grupo dará início à entrega dos reféns ainda vivos e dos corpos que forem localizados. Em troca, Israel se compromete a libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados por crimes graves.
A proposta que originou o acordo foi apresentada pelos Estados Unidos e negociada com apoio do Egito, Catar e Turquia.
Encontro internacional no Egito
Também na segunda-feira, líderes de mais de 20 países vão se reunir na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, para tratar dos detalhes finais do plano de paz. Estão confirmadas as presenças dos presidentes Donald Trump (EUA) e Emmanuel Macron (França). A cúpula foi organizada pelo governo egípcio com apoio diplomático da ONU.
Prazo e operação de busca
O cessar-fogo entrou em vigor na quarta-feira (8), e o Hamas tem até 72 horas para libertar todos os reféns, vivos ou mortos — prazo que se encerra às 6h da manhã de segunda-feira, horário de Brasília.
O grupo alegou dificuldades para localizar os corpos de oito reféns mortos, cujos restos estariam espalhados em diferentes áreas da Faixa de Gaza. Uma força-tarefa foi formada por Turquia, Catar, Egito, Israel e EUA para auxiliar nas buscas.
Histórico do conflito
A guerra entre Israel e o Hamas teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque terrorista que matou mais de 1.200 israelenses e resultou no sequestro de 251 civis. Desde então, segundo dados de autoridades palestinas ligadas ao Hamas, mais de 60 mil pessoas morreram em Gaza durante os bombardeios israelenses.