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Homem preso por ameaçar youtuber Felca é investigado por exploração de menores em desafios da internet

Cayo Lucas foi detido em Olinda junto com outro suspeito. Grupo lucrava com venda de fotos e vídeos de vítimas de estupro virtual.

Um homem preso nesta segunda-feira (25), em Olinda (PE), por ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, também é investigado por envolvimento em uma rede de exploração sexual infantil que atuava por meio de plataformas digitais.

Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, foi detido em uma ação conjunta das Polícias Civis de São Paulo e de Pernambuco, ao lado de Paulo Vinícius, outro suspeito de envolvimento no esquema.

Supostos “desafios” e exploração virtual

De acordo com a investigação, o grupo utilizava redes como o Discord para propor “desafios” manipulativos e coagir crianças e adolescentes a produzirem conteúdos íntimos, os quais eram posteriormente comercializados. A prática é classificada como “estupro virtual”, por envolver coerção e violência psicológica.

As ameaças contra Felca começaram após o youtuber publicar, no dia 6 de agosto, um vídeo denunciando influenciadores que exploram a imagem de crianças nas redes sociais. A repercussão do conteúdo levou a uma série de mensagens com frases como: “prepara pra morrer” e “você vai pagar com a sua vida”.

Acesso a sistemas sigilosos

Durante coletiva de imprensa, o delegado Guilherme Caselli, da Polícia Civil de São Paulo, revelou que Cayo Lucas também é suspeito de vender acessos a sistemas de segurança pública e do Judiciário, utilizando logins e credenciais obtidos ilegalmente em fóruns clandestinos na internet.

Apesar do conhecimento técnico, o delegado afirmou que os investigados são “oportunistas”, que aproveitavam brechas de segurança, sem criar ferramentas próprias de invasão.

Prisão em flagrante e novos desdobramentos

Cayo foi localizado em Olinda, onde residia há pouco tempo. Já Paulo Vinícius foi preso em flagrante acessando ilegalmente sistemas da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. No computador apreendido, havia registros de buscas sobre Felca e conversas relacionadas à movimentação policial.

Ambos foram autuados por invasão de dispositivo informático, crime previsto no artigo 154-A do Código Penal, com pena de até cinco anos de prisão. A Polícia Civil de São Paulo solicitou a transferência de Cayo para um presídio no estado, onde ele responderá também por ameaça e associação criminosa.

Suspeita de organização criminosa

Segundo o delegado Caselli, há indícios de que os investigados integravam uma estrutura criminosa voltada à exploração sexual de menores, ainda em fase inicial de apuração. O grupo teria se estruturado em plataformas fechadas e usava métodos sofisticados de manipulação para aliciar vítimas.

As investigações continuam e podem resultar em novos mandados de prisão e desdobramentos em âmbito nacional.

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