Jovens abandonam a vida noturna e impulsionam cultura de encontros diurnos
Cultura do dia ganha força entre a geração Z, que busca bem-estar, evita álcool e valoriza manhãs produtivas

A vida noturna está perdendo força entre os jovens. Estudos mostram que a geração Z tem trocado baladas por encontros diurnos, cafés e programas mais tranquilos. A tendência, vista em diversas capitais brasileiras, reflete mudanças culturais, econômicas e de comportamento.
Pesquisas apontam mudança de hábito
De acordo com o estudo A morte lenta das madrugadas urbanas, da consultoria FutureFuture, jovens nascidos entre 1995 e 2010 têm evitado festas noturnas e preferido encontros em horários alternativos, principalmente durante o dia.
A pesquisa mostra que a noite deixou de ser um espaço de afirmação de identidade para essa geração, sendo substituída por ambientes mais controlados, seguros e adequados a rotinas produtivas.
Outro levantamento, Cultura nas Capitais, revela que grande parte da população jovem evita eventos culturais por conta da distância dos locais, falta de transporte e insegurança urbana.
Rotina, segurança e consumo consciente
Entre os principais motivos apontados para a mudança de comportamento estão:
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Desgaste físico e incompatibilidade com rotinas intensas de estudo e trabalho
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Medo de sair à noite em cidades inseguras
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Queda no consumo de álcool e busca por alternativas mais saudáveis
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Avanço do streaming e do delivery, que transformaram o lar em novo ponto de encontro
Festas de dia ganham força
Com o novo perfil de público, eventos diurnos e ao ar livre têm crescido nas capitais. Festas sem álcool, com foco em bem-estar, gastronomia e música leve, ocupam o espaço antes dominado pelas madrugadas.
O fenômeno não indica o fim da vida noturna tradicional, mas sinaliza uma transformação importante no comportamento de consumo cultural. Especialistas apontam para um modelo híbrido como tendência, com experiências mais diversas e adaptadas aos novos hábitos.






