Justiça nega retirada de vídeo de chá revelação que expôs traições no RS
Juiz aponta impossibilidade de remover conteúdo já viralizado e cita direito ao esquecimento

A Justiça de Ibirubá, no noroeste gaúcho, negou o pedido de Rafael Eduardo Schemmer para retirar da internet o vídeo em que sua esposa, Natália Knak, grávida, expõe supostas traições dele durante um chá revelação. A decisão foi proferida na terça-feira, 15 de julho, pelo juiz João Gilberto Engelmann, que considerou impraticável limitar a divulgação de um conteúdo já amplamente compartilhado nas redes.
O magistrado destacou que o próprio autor já havia se manifestado publicamente e que, apesar de possível reparação futura por danos morais, a exclusão do material não se enquadra nas exceções previstas pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o chamado direito ao esquecimento. O processo segue em segredo de Justiça.
Por que a remoção foi negada
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Conteúdo já possui ampla viralização
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Não há viabilidade prática para retirada integral
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Eventuais danos podem ser tratados por indenização futura
“Não é possível refrear toda a informação acerca dos fatos em todos os veículos de comunicação”, escreveu o juiz na decisão.