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Lula critica negacionismo climático e gastos com guerras na abertura da COP30

Presidente destaca que sediar o evento na Amazônia é um “desafio” e defende mais investimento ambiental

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu oficialmente nesta segunda-feira (10) a COP30 — a 30ª Conferência do Clima da ONU — realizada pela primeira vez na Amazônia, na cidade de Belém (PA). No discurso de abertura, Lula afirmou que é necessário “impor nova derrota aos negacionistas” e classificou o evento como um marco diante dos desafios logísticos da região.

O presidente também defendeu que financiar ações climáticas custa menos do que manter conflitos armados, citando valores globais investidos em guerras no último ano.

Críticas ao negacionismo e às guerras

Durante a fala, Lula afirmou que a COP30 representa um momento de confronto com o que chamou de “obscurantismo” e “desinformação”. Disse ainda que a crise climática é uma tragédia do presente, não mais do futuro, mencionando como exemplo o tornado que atingiu cidades do Paraná na última sexta-feira (7).

“Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só a ciência, mas o multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e atacam instituições. É hora de impor nova derrota aos negacionistas”, declarou.

O presidente também comparou os custos globais com guerras e com o clima:

“É mais barato investir US$ 1,3 trilhão para combater as mudanças climáticas do que gastar US$ 2,7 trilhões com guerras, como aconteceu no ano passado.”

Temas abordados e ausências

Lula citou ainda o conceito de “racismo ambiental”, incluído pela primeira vez em uma declaração internacional assinada pelo Brasil na Cúpula de Líderes encerrada na semana passada.

A abertura oficial não contou com a presença dos Estados Unidos, que não enviaram representantes de alto nível para a conferência. A ausência do presidente Donald Trump já era esperada, mas havia expectativa de participação técnica do país nas negociações, que também começaram nesta segunda.

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