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Menino de 5 anos morre após receber dose errada de adrenalina

Benício Xavier sofreu paradas cardíacas após aplicação de medicamento na veia; caso é tratado como homicídio com crueldade

A médica Juliana Brasil Santos, investigada pela morte do menino Benício Xavier, de 5 anos, afirmou em relatório que prescreveu de forma equivocada uma dose de adrenalina por via intravenosa, em vez da via inalatória. O erro resultou em complicações graves e levou à morte da criança em hospital de Manaus.

O caso ocorreu durante atendimento emergencial no último fim de semana. Conforme documento apresentado no hospital, a médica admitiu que escreveu a prescrição da medicação de forma incorreta, orientando por escrito a administração intravenosa (EV) de adrenalina. O uso correto, segundo a própria profissional, seria por nebulização.

Mesmo alertada pela mãe do menino sobre o tipo de aplicação, a medicação foi administrada conforme o que constava no prontuário. Após a injeção, a criança apresentou reações imediatas, como taquicardia, palidez e dificuldades respiratórias.

Benício foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, onde sofreu seis paradas cardíacas. A equipe conseguiu reanimá-lo cinco vezes, mas ele não resistiu e morreu na madrugada de domingo.

A Polícia Civil do Amazonas investiga o caso como homicídio doloso qualificado por crueldade, considerando a prescrição incorreta e a suposta demora no atendimento. A médica envolvida e outros profissionais estão sendo ouvidos.

A direção do hospital afastou temporariamente os envolvidos e abriu apuração interna sobre a conduta da equipe. O caso mobilizou a comunidade local e segue em investigação pelas autoridades de saúde e justiça.

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