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Milei é retirado às pressas de carreata após ataque com pedras na Argentina

Presidente participava de ato de campanha na Grande Buenos Aires quando grupo lançou objetos contra seu carro. Ninguém ficou ferido.

O presidente da Argentina, Javier Milei, foi retirado às pressas de uma carreata em Lomas de Zamora, na região sul da Grande Buenos Aires, após um ataque com pedras e garrafas nesta quarta-feira (27). O episódio ocorreu durante um ato de campanha do partido A Liberdade Avança, e gerou confusão entre apoiadores e opositores do governo.

De acordo com o porta-voz presidencial, ninguém ficou ferido. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram Milei acenando para o público na caçamba de uma caminhonete, pouco antes de o tumulto começar. Vídeos também registram o deputado José Luis Espert, que acompanhava o presidente, deixando o local de moto, sem capacete.

A imprensa argentina relatou que militantes da oposição atiraram objetos e gritaram palavras de ordem contra Milei, o que levou à interrupção da carreata por motivos de segurança. Segundo o jornal El Clarín, o ato foi suspenso após a escalada da violência. Espert, em entrevista à TV local, acusou apoiadores da ex-presidente Cristina Kirchner de provocarem os ataques.

“Percorremos vários quarteirões em paz, com alegria e grande euforia, e em certo momento pedras caíram muito perto do presidente”, declarou o deputado.

Ainda de acordo com Espert, uma fotógrafa da equipe de campanha foi atingida por uma pedra. Até o momento, Milei não se pronunciou oficialmente sobre o incidente.

Crise política e desgaste

O episódio ocorre em um momento de forte desgaste político para o governo argentino. Milei enfrenta denúncias de corrupção envolvendo altos funcionários do Executivo, incluindo sua irmã e secretária-geral, Karina Milei. A crise se aprofundou após a divulgação de áudios que mencionam um suposto esquema de propinas em contratos de medicamentos na área da saúde.

Além das investigações, o presidente acumula derrotas no Congresso, onde sua base encontra dificuldades para avançar com a agenda de reformas. A tensão institucional aumentou após um embate com a vice-presidente Victoria Villarruel, que preside o Senado e autorizou votações contrárias ao Executivo.

Mesmo com a queda recente na popularidade — estimada em 41% —, Milei e seu partido lideram as intenções de voto para as eleições legislativas de outubro, consideradas um teste decisivo para a sustentação política do governo.

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