Mulher vence processo com ajuda do ChatGPT e levanta debate sobre uso da IA na Justiça
Caso real nos EUA mostra como inteligência artificial pode ajudar na defesa de pessoas sem acesso a advogados caros — mas especialistas alertam para riscos

Uma empresária do Novo México (EUA) conseguiu reduzir mais de US$ 2 mil de uma dívida judicial com a ajuda do ChatGPT, ao usá-lo para testar e refinar sua própria defesa. O caso ganhou repercussão e reacendeu o debate sobre os limites e possibilidades do uso da inteligência artificial no Judiciário.
Defesa com ajuda digital
Staci Dennett, dona de uma empresa de fitness, foi acionada judicialmente por uma dívida. Sem advogado, usou o ChatGPT como aliado: simulou argumentos, pediu análises críticas e refinou sua defesa com base nas sugestões do sistema.
O desempenho surpreendeu até o advogado da outra parte, que elogiou a qualidade da argumentação. A redução da dívida foi considerada uma vitória simbólica e um exemplo de como a IA pode equilibrar o acesso à Justiça para quem tem poucos recursos.
O alerta: IA não substitui advogado
Especialistas e empresas de tecnologia reforçam que ferramentas como o ChatGPT não devem ser usadas como substituto legal.
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Casos anteriores mostraram que o uso irresponsável da IA pode gerar problemas sérios, como citações falsas e erros jurídicos.
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Em países como Austrália e EUA, advogados que confiaram cegamente na IA foram punidos por más condutas processuais.
O que esse caso revela
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IAs podem empoderar pessoas comuns com recursos para estruturar defesas, revisar textos e simular cenários legais.
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Mas ainda não têm precisão suficiente para substituir especialistas humanos, especialmente em áreas jurídicas complexas.
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O futuro aponta para o uso combinado: inteligência artificial com revisão profissional, ética e responsabilidade.






