
A polícia francesa indiciou formalmente um homem por múltiplos homicídios após quatro corpos serem encontrados boiando no rio Sena, em Choisy-le-Roi, na periferia de Paris. As vítimas foram localizadas em 13 de agosto, e as investigações apontam possível motivação homofóbica, além da suspeita de que os crimes tenham ocorrido em sequência.
Vítimas identificadas
Os corpos foram descobertos depois que um passageiro de trem avistou um cadáver nas águas do Sena. As buscas levaram ao resgate de outros três homens mortos no mesmo trecho do rio. A polícia confirmou a identidade das vítimas:
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Franz, francês de 48 anos, residente em Créteil
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Sami e Abdallah, ambos argelinos de 21 anos
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Amir, tunisiano de 26 anos
Segundo familiares, os quatro estavam desaparecidos entre os dias 16 de julho e 11 de agosto. Três apresentavam estado avançado de decomposição, e um deles, o francês, tinha sinais de estrangulamento.
Suspeito preso em flagrante
O principal suspeito é um imigrante tunisiano de 24 anos em situação irregular na França, que foi detido dias antes da descoberta dos corpos, durante uma operação contra a imigração clandestina. Ele se apresentou inicialmente como “Ahmed”, de nacionalidade argelina, mas investigações indicam que seu nome real seria Monji H.
O homem vivia em um prédio ocupado irregularmente nas proximidades do rio, onde também moravam duas das vítimas. Com ele, a polícia encontrou documentos, cartões e pertences pessoais dos mortos. Exames também detectaram DNA de uma das vítimas em suas roupas.
Linha de investigação
A hipótese de motivação homofóbica está sendo considerada pela polícia, já que o trecho do rio é conhecido como ponto de encontro sexual entre homens. As autoridades trabalham com a possibilidade de que o suspeito tenha atraído os alvos para o local antes de matá-los.
Autópsias estão em andamento para determinar a causa exata e a sequência dos assassinatos. Um segundo suspeito chegou a ser preso, mas foi liberado por falta de provas.
Contexto francês
Crimes em série são pouco comuns na França, e o caso chamou atenção por envolver múltiplas vítimas em um curto intervalo — possivelmente 16 dias entre o primeiro e o último homicídio. A repercussão relembra episódios isolados de assassinos em série no país, como Michel Fourniret e Guy Georges, casos que marcaram a história criminal francesa.