Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão na madrugada desta segunda-feira (1º), deixando 812 mortos e mais de 2.800 feridos, segundo autoridades locais. O tremor foi sentido a cerca de 130 km da capital Cabul, e a maior parte das vítimas está em áreas montanhosas e de difícil acesso.
Destruição e buscas em áreas isoladas
O terremoto ocorreu entre as províncias de Kunar e Nangarhar, próximas à fronteira com o Paquistão, região com histórico de tremores e enchentes. As equipes de resgate enfrentam dificuldades para acessar os vilarejos atingidos, muitos dos quais foram totalmente destruídos, com casas de barro e pedra reduzidas a escombros.
“O número de mortos e feridos é alto, mas como a área é de difícil acesso, nossas equipes ainda estão no local”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Sharafat Zaman.
Zaman afirmou que os números devem aumentar, já que muitas regiões seguem sem comunicação. O governo do Talibã mobilizou recursos para as buscas e pediu ajuda internacional.
Apoio internacional e mobilização local
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A ONU informou que diversas agências estão atuando nas operações de resgate em pelo menos quatro províncias.
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Moradores também participam das buscas, ajudando a remover escombros.
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Feridos foram levados a hospitais nas cidades de Jalalabad e Nangarhar.
“Todos os recursos disponíveis serão utilizados para salvar vidas”, informou o governo afegão em nota oficial.
Tremores secundários e risco contínuo
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou cinco tremores secundários, com magnitudes entre 4,3 e 5,2, nas horas seguintes ao abalo principal. O terremoto ocorreu a uma profundidade de 8 km, o que potencializa os danos na superfície.
Estradas foram bloqueadas e as equipes usam helicópteros para alcançar áreas isoladas.
Região vulnerável
O Afeganistão está localizado sobre falhas geológicas entre as placas da Índia e da Eurásia, o que torna o país propenso a terremotos intensos. Em 2024, mais de 1.000 pessoas morreram em uma série de tremores no oeste do país.
