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Tribunal pró-Rússia condena dois brasileiros a 13 anos de prisão por lutar ao lado da Ucrânia

Julgamento ocorreu em Donetsk, região controlada por separatistas; corte e república não são reconhecidas internacionalmente

Dois brasileiros foram condenados a 13 anos de prisão por um tribunal instalado por forças pró-Rússia na região de Donetsk, leste da Ucrânia. Os dois foram acusados de combater ao lado do Exército ucraniano durante a guerra contra a Rússia.


Brasileiros atuavam como combatentes contratados

As sentenças contra Orley Menkato, de 32 anos, e Federico Mendes, de 23, foram anunciadas pelo chamado “Supremo Tribunal da República Popular de Donetsk”, estrutura jurídica criada por separatistas com apoio russo. Tanto a corte quanto a autoproclamada república não têm reconhecimento internacional.

Segundo a agência russa Tass, Orley teria ingressado no Exército ucraniano após treinamento militar e contrato formal com o governo de Kiev. Ainda de acordo com informações divulgadas pela corte, os brasileiros teriam recebido entre R$ 117 mil e R$ 131 mil pela atuação no conflito, entre 2023 e agosto de 2025.


Local de detenção não foi divulgado

A agência Tass afirma que Orley será mantido em prisão de segurança máxima, mas a informação não consta no site oficial da corte. O paradeiro exato dos dois brasileiros não foi divulgado até o momento.

O Itamaraty foi procurado para comentar o caso, mas ainda não se manifestou oficialmente.


Recrutamento de estrangeiros pela Ucrânia

Com o avanço da guerra, a Ucrânia passou a recrutar estrangeiros para reforçar o contingente militar. Desde 2024, campanhas em redes sociais voltadas a brasileiros passaram a oferecer compensações financeiras para atrair voluntários. Desde então, diversas famílias relatam perda de contato com parentes no front, e alguns casos de morte já foram confirmados.

As regiões de Donetsk e Luhansk, sob controle de tropas russas e grupos separatistas, foram declaradas independentes por Moscou, mas continuam reconhecidas como território ucraniano pela maioria dos países e organizações internacionais.

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