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Trump assina decreto que impõe tarifa de 50% sobre importações do Brasil

Medida é resposta a ações brasileiras consideradas “ameaça extraordinária” à segurança e economia dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) a ordem executiva que eleva para 50 % a tarifa sobre produtos brasileiros, em resposta a decisões do governo brasileiro consideradas por Washington como ameaças à segurança nacional, política externa e empresas americanas.

Aumento de tarifa em meio à crise diplomática

A Casa Branca elevou a tarifa adicional ao Brasil em 40 %, chegando a 50 %, com base na Lei de Emergência Econômica Internacional (IEEPA) de 1977. A medida foi justificada por ações do governo brasileiro que, segundo os EUA, prejudicaram empresas americanas e violaram direitos à liberdade de expressão de cidadãos dos EUA, associadas a processos contra aliados de Trump, como o ex-presidente Bolsonaro.

Alvos e justificativas do governo americano

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi citado no comunicado como responsável por perseguições judiciais, censura, ordens de bloqueio de contas e congelamento de ativos para coerção de empresas, incluindo plataformas norte-americanas. Cresce também o impacto simbólico do caso do blogueiro Paulo Figueiredo, residente nos EUA, processado no Brasil por declarações feitas fora do país.

Reações e impacto econômico

A tarifa entra em vigor a partir de 1º de agosto de 2025. O Brasil já prepara medidas de apoio às empresas afetadas, incluindo crédito emergencial e uso da lei de reciprocidade comercial para retribuir com tarifas sobre produtos americanos.

Autoridades brasileiras reagiram criticando a medida, que consideram política e arbitrária, e afirmam que os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil, contrariando a alegação de práticas comerciais indevidas.

O setor agrícola, especialmente produtores de café, suco de laranja e químicos, já enfrenta cancelamentos de contratos e queda de demanda, com indústrias americanas pedindo ao governo dos EUA para excluir certos produtos, como suco e aviões da Embraer, da tributação.

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