Economia

Empréstimo consignado: como evitar erros na hora de contratar

Especialistas alertam para riscos e orientam trabalhadores sobre o crédito consignado CLT

O programa de crédito consignado para trabalhadores CLT já liberou mais de R$ 340 milhões em empréstimos, segundo o Ministério da Fazenda. A modalidade, que permite o desconto das parcelas diretamente na folha de pagamento, tem atraído grande demanda.

No entanto, especialistas alertam para erros comuns que podem comprometer a saúde financeira dos trabalhadores.

Os principais erros ao contratar o crédito consignado CLT

A planejadora financeira Nayra Sombra, da Planejar, destaca os seguintes cuidados:

  • Não comparar taxas de juros e condições: É essencial avaliar ofertas de diferentes instituições para garantir a melhor opção.

  • Não verificar a margem consignável: O limite permitido pelo governo é de até 35% do salário.

  • Ignorar o prazo de pagamento: Prazos mais longos reduzem o valor da parcela, mas aumentam o custo total do empréstimo devido aos juros.

  • Desconsiderar o custo efetivo total: Além dos juros, é preciso avaliar tarifas e seguros embutidos no contrato.

  • Não conferir a reputação da instituição: Contratar crédito sem checar a credibilidade do banco pode resultar em golpes.

  • Assumir múltiplos empréstimos: Acumular contratos simultâneos pode comprometer parte significativa da renda e levar ao endividamento.

Quem pode solicitar o novo empréstimo consignado?

O crédito está disponível para:

  • Trabalhadores CLT, incluindo rurais e domésticos.

  • Microempreendedores Individuais (MEIs).

O limite de comprometimento da renda com o empréstimo é de 35% do salário.

Como solicitar o “Crédito do Trabalhador”?

  1. Acesse o aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).

  2. Solicite a proposta de crédito.

  3. Autorize o acesso dos bancos aos seus dados.

  4. Aguarde o envio das propostas em até 24 horas.

  5. Analise as condições e escolha a melhor oferta.

  6. Finalize a contratação diretamente com o banco.

Como funciona o pagamento?

As parcelas serão descontadas mensalmente na folha de pagamento do trabalhador por meio do eSocial. O acompanhamento pode ser feito pelo sistema do banco ou aplicativos do governo.

O que acontece em caso de demissão?

Se o trabalhador for demitido, o saldo devedor será descontado das verbas rescisórias, respeitando os seguintes limites:

  • Até 10% do saldo do FGTS.

  • 100% da multa rescisória.

Caso o valor da rescisão não seja suficiente para quitar a dívida, o trabalhador deverá negociar o saldo restante diretamente com o banco.

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