Uma comitiva do Banco Mundial visitou Muçum na manhã desta quarta-feira(25), no Gabinete do Poder Executivo, na Prefeitura. O objetivo da visita foi acessar informações sobre os impactos da enchente que atingiu Muçum e região, entre os dias 04 e 05 de setembro, a fim de disponibilizar auxílios que visam a reconstrução e restruturação dos municípios. O prejuízo total gerado pelo fenômeno é de R$ 231 milhões. Segundo a Administração Municipal, o município necessita de cerca de R$ 30 milhões, somente para recuperar a infraestrutura pública.
Após reunião na Prefeitura, o prefeito, Mateus Trojan, o vice-prefeito, Amarildo Baldasso, e o secretário de Administração, Fazenda e Planejamento, Tiago Strieski, conduziram a comitiva para uma visita na Rua Taquari, próximo ao cemitério, uma das áreas mais afetadas pela enchente. A Rua Taquari teve todas as casas destruídas, deixando mais de 120 pessoas sem moradia.
Conforme Trojan, o governo municipal visa a recuperação e reconstrução, que está sendo tratada através de diversas frentes, junto aos governos estadual e federal. Mas, também vislumbra acessar recursos para manter a política de desenvolvimento do município. “Embora tenhamos sofrido o maior desastre de nossa história, seguimos em busca de cumprir com objetivos de fazer com que Muçum progrida nas mais diversas áreas. Talvez o Banco Mundial possa nos apresentar caminhos para acessarmos recursos que viabilizem isso”, acredita.
Outra possibilidade amplamente discutida durante o encontro, é a implantação do projeto Sul Resiliente, colocando à disposição do Vale do Taquari uma linha de financiamento específica para projetos e qualificação da infraestrutura, visando atenuar impactos de desastres naturais. “Acreditamos que o evento que acometeu nossa região, e teve Muçum como o centro da destruição, é raro. No entanto, devemos estar minimamente preparados e estruturados para atender a população dentro da possibilidade de novas situações do tipo. E isso, é algo que deve ser debatido a nível de região e Estado”, observa.
A vinda da comitiva foi intermediada pelo Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), que esteve representado pelo vice-presidente, Ranolfo Vieira Junior, e o diretor de operações, Leonardo Busatto. A equipe do Banco Mundial foi liderada pelo diretor no Brasil, Johannes Zutt.