Conforme anunciou a Petrobras nesta segunda-feira (5), haverá elevação de 39% nos preços de gás natural para as distribuidoras a partir do dia 1º de maio. A companhia informou que a variação decorre da atualização dos preços dos contratos, que se dão trimestralmente. “A variação decorre da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio”, diz a petrolífera.
A referência para os meses seguintes são os meses anteriores, ou seja, para maio, junho e julho, a referência são os preços de janeiro, fevereiro e março, que sofreram, em 2021, uma elevação de 38%. O aumento seguiu a tendência de alta das commmodities mundiais e também teve influência da desvalorização do real.
Em 2020, os preços do gás natural às distribuidoras chegaram a ter redução acumulada durante a metade do ano. “Apesar do aumento em maio, junho e julho, ao longo de 2020, os preços do gás natural às distribuidoras chegaram a ter redução acumulada de 35% em reais e de 48% em dólares, devido ao efeito da queda dos preços do petróleo no início do ano”, pondera a Petrobras.
Aumento ao consumidor
Em média 17% do preço do gás pago pelo consumidor chega às distribuidoras, correspondendo a investimentos em expansão de rede e remuneração pela prestação dos serviços. Outros 59% do valor equivale ao preço da molécula acrescido da tarifa de transporte, enquanto 24% são tributos federais e estaduais. Por isso, o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda.
Diante disso, a Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) divulgou, em nota, que o aumento será repassado ao consumidor sem que exista “qualquer ganho decorrente desse aumento”. Isso significa que os 17% serão descontados do custo final.