Nos meses de setembro e novembro de 2023, o Vale do Taquari enfrentou grandes enchentes que impactaram os moradores. Durante esse tempo, a Defensoria Pública estabeleceu um acordo para suspender o corte de energia e aplicar uma taxa mínima nas contas de luz na região.
O acordo incluiu o bloqueio de todas as ações de cobrança de dívidas relacionadas a contas vencidas até agosto de 2023, a suspensão dos cortes devido à inadimplência, a isenção de juros, multas e outros encargos para pagamentos feitos até 30 de novembro de 2023, além da opção de parcelamento em até 12 vezes sem entrada. Adicionalmente, a Defensoria Pública suspendeu a cobrança das contas de água para os moradores afetados pelas inundações.
Entretanto, em janeiro deste ano, moradores de Encantado reclamam ter recebido faturas e que foram protestadas devido ao não pagamento, apesar do acordo entre a RGE e a Defensoria Pública.
Moradora da Rua Antônio Bratti no bairro Centro em Encantado, Dona Dirci Lasta foi uma das moradoras atingidas pela enchente e teve sua conta de setembro protestada. Ela conta que, mesmo fazendo o cadastro na Câmara de Vereadores e recebendo as orientações de não pagamento da conta, recebeu o protesto da inadimplência.
“Quando veio a conta de luz, recebemos a orientação de que havia um acordo entre a RGE com a Defensoria Pública e que devido à catástrofe ocorrida não era necessário realizar o pagamento, pois essa conta ficaria inativa, e foi o que fizemos, mas mesmo assim foi a protesto. No tabelionato nos informaram que todas as pessoas que não pagaram tiveram as contas protestadas”, comenta.
O que diz a RGE
O Jornal Força do Vale contatou os supervisores da RGE de Encantado e Região, mas eles não souberam responder, a assesoria de imprensa da RGE apenas informou o acordo citado no início da reportagem e que a empresa está disponível 24 pelo site, www.rge-rs.com.br, app CPFL Energia, call center 0800 970 0900 ou pelo WhatsApp 51 99955-0002.
O que diz a Defensoria Pública
A Defensoria Pública de Encantado também não soube responder e passou a questão para o Núcleo de Defesa do Consumidor e Tutelas Coletivas da Defensoria Pública do Estado. O Jornal Força do Vale já está em contato e agora aguarda respostas.