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Grupo de voluntários da Associação da Pedagogia de Emergência no Brasil atendem o Vale do Taquari

As primeiras duas semanas de setembro deixaram marcas para a vida de todas as pessoas do Vale do Taquari. Para muitas crianças elas perderam mais que suas casas, suas escolas por conta da inundação no Rio Taquari. Perderam o contato com amiguinhos, andaram de um lado para o outro, de certa forma perderam a referencia.
Pensando no atendimento humanitário para essas crianças vítimas de tragédias, um grupo de voluntários da Associação da Pedagogia de Emergência no Brasil, passaram a atender no Vale do Taquari.

A intervenção da pedagogia conta com uma equipe de 17 pessoas, sendo divididas entre pedagogos, educadores, médicos e terapeutas. Quando eles chegam nas escolas, o primeiro passo é criar um ambiente seguro para as crianças que irão atender.

De acordo com o presidente da Associação da Pedagogia de Emergência no Brasil, o assistente social William Boudakian, os trabalhos pedagógicos visam a estabilização, diante de um evento traumático. “Criamos um ritmo de trabalho com as crianças, porque o ritmo da vida que eles tinham, foi perdido com a enchente. Outro princípio, é o vínculo. Sabemos que elas estão desvinculadas de suas casas. A escola é um lugar de carinho e vinculo”, reitera.

A missão do grupo é fortalecer, por meio de recursos pedagógicos e terapêuticos, a resiliência em crianças e jovens em situação de psicotrauma, vítimas de catástrofes, de violência física e emocional ou em condição de vulnerabilidade social.

Em Encantado, a EMEF Érico Verissimo foi uma delas. Segundo a diretora Josi Moretto, a escola atende cerca de 270 alunos, com o público predominante do Bairro Navegantes (uma das localidades mais atingidas em Encantado). “Notamos mudanças nos alunos no pós-enchente. Eles chegaram apreensivos, ansiosos, mais fechados. O grupo veio muito a calhar. As atividades foram acontecendo, e percebemos um sorriso no rosto e um olhar diferente da forma que chegaram”, contou. Ela acrescenta, que as professoras acabam aprendendo juntamente das atividades.

O grupo deve ficar atuando na região até o final do mês e busca diluir o trauma dos professores e alunos das escolas. A ação conta com a anuência, o apoio e parceria da SEDUC, que articulou as atividades nas escolas dos três municipios.

A associação já trabalhou em tragédias como a de Brumadinho e Petrópolis.

Agro Dália

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