Recuperação das indústrias após enchentes é pauta de Câmara Temática
A Câmara Temática da Indústria do Conselho do Plano Rio Grande realizou sua primeira reunião na manhã desta quarta-feira (24/7), de maneira híbrida, a fim de discutir ações para a recuperação das indústrias após as enchentes de abril e maio. O objetivo é debater o conjunto de medidas já tomadas pelo governo gaúcho para ajudar a recomposição das empresas afetadas direta e indiretamente, o reestabelecimento da economia e a busca pela manutenção e geração de empregos.
O encontro foi conduzido pelo vice-governador e coordenador do conselho, Gabriel Souza, e teve a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, do subsecretário da Fazenda, Ricardo Neves, do secretário do conselho, Paulinho Salermo, da presidente da Junta Comercial do RS (JucisRS), Laurem Momback, e de representantes de instituições financeiras e de entidades empresariais e industriais.
A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.
O vice-governador destacou o papel das câmaras temáticas para atualizar demandas prioritárias dos setores. “No caso da indústria, discutimos as necessidades de diagnóstico dos danos e os impactos nos modais para logística de insumos, como no caso da malha ferroviária”, explicou. “Já reivindicamos esse material para a Rumo Logística, que detém a concessão no Estado, e nos reunimos com a Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário. Teremos uma nova reunião devolutiva no dia 19 de agosto para encaminhar soluções a partir dos subsídios apresentados.”
Também foi debatido o acesso aos recursos federais, como o capital de giro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Polo explicou que o Estado já trabalhava para tornar a indústria mais competitiva e que, com as enchentes, adotou novas medidas – como as alterações do Fundo Operação Empresa do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS), que deixam o programa mais atrativo e desburocratizado. “Nosso foco tem sido, com o apoio da Fazenda, criar as melhores condições para atrair investimentos. Com mais competitividade, cresce a economia e todos ganham. Garantiremos as condições necessárias para que os setores econômicos sigam funcionando a fim de que os empreendedores permaneçam no Estado”, disse.
O diretor do Fundopem, Gustavo Rech, salientou que esta é a oportunidade para todas as empresas aderirem ao programa, lembrando que as mudanças também abarcam os projetos que já estão em andamento.
Neves comentou sobre as alterações no Fundopem, destacando que elas ampliam a possibilidade de realizar investimentos e abater praticamente 100% do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido, não somente do incremental. O subsecretário também ressaltou que outras medidas – como a concessão de crédito presumido de ICMS de até 20% do valor de aquisição de máquinas, equipamentos e aparelhos – representam um importante impulso para a reconstrução das empresas.
A próxima reunião do Conselho do Plano Rio Grande está prevista para segunda-feira (29/7) e deve tratar do tema da habitação.