
Durante a cerimônia de sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026, realizada nesta sexta-feira (5) em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o recém-criado Prêmio da Paz da FIFA. A honraria foi entregue pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, e tem como proposta reconhecer indivíduos que promoveram ações de união global e pacificação entre nações.
Trump comemorou publicamente a homenagem, afirmando que “milhões de vidas foram salvas” por sua atuação em conflitos internacionais, e que os Estados Unidos agora são “o lugar mais quente do mundo” — em referência à retomada de protagonismo que atribui à sua gestão.
Copa do Mundo como palanque político
A criação do prêmio e sua entrega a Trump reforçam o uso da Copa do Mundo de 2026 como palco político. O torneio será sediado em três países — Estados Unidos, México e Canadá — e contará com 48 seleções. Apesar de o futebol não estar entre os esportes mais populares no país, o governo americano tem intensificado sua presença institucional junto à FIFA, inclusive com ações de promoção direta do evento.
A taça da Copa, que tradicionalmente só pode ser manuseada por atletas campeões e chefes de Estado, já apareceu publicamente diversas vezes ao lado de Trump em eventos oficiais, como ocorreu com o troféu da Copa do Mundo de Clubes em julho.
Críticas à escolha e ausência de critérios
A escolha de Trump como primeiro agraciado com o Prêmio da Paz gerou reações nas redes sociais e entre analistas. O troféu foi criado recentemente, e a FIFA não divulgou critérios objetivos ou responsáveis pela escolha. Críticos questionam a neutralidade da entidade e veem risco de instrumentalização política do futebol.
A aproximação entre política e esporte, especialmente em eventos de grande visibilidade global como a Copa, levanta debates sobre os limites e implicações dessas estratégias para a imagem institucional das entidades esportivas.






