Correios aprovam plano de recuperação e negociam empréstimo de R$ 20 bilhões
Após 12 trimestres de prejuízo, estatal pretende cortar gastos, vender imóveis e modernizar serviços. Captação de crédito deve ser fechada até o fim de novembro.

Os Correios aprovaram nesta semana um plano de reestruturação para enfrentar a crise financeira e tentar equilibrar as contas nos próximos anos. A proposta, que vinha sendo discutida desde outubro, prevê redução de custos, modernização da estrutura e a captação de R$ 20 bilhões em empréstimos com um consórcio de bancos. A negociação deve ser concluída ainda neste mês.
Com prejuízo acumulado há três anos e déficit de R$ 4,5 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, a estatal pretende implementar uma série de medidas em 2026, com expectativa de voltar ao lucro em 2027.
Eixos e metas do plano
O plano de recuperação é dividido em três frentes principais:
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Recuperação financeira
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Consolidação do modelo de operação
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Crescimento estratégico
Entre as ações previstas estão:
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Programa de Demissão Voluntária (PDV)
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Fechamento de até mil unidades deficitárias
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Venda de imóveis e monetização de ativos (potencial de até R$ 1,5 bilhão)
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Atualização tecnológica da rede e ampliação do portfólio no comércio eletrônico
Apesar dos cortes e ajustes, os Correios afirmam que a universalização do serviço postal seguirá como prioridade, reforçando o papel social da estatal.
Riscos e dependências
A viabilidade do plano depende da captação do crédito no mercado e da realização de vendas de ativos em um cenário econômico instável. Além disso, a estatal enfrenta concorrência crescente de empresas privadas no setor de logística e comércio eletrônico.






