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Quem são os bilionários russos alvos de sanções globais?

Os governos do Reino Unido, da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos (EUA) responderam à invasão da Ucrânia pela Rússia com sanções devastadoras contra os empresários bilionários considerados parte do círculo íntimo de Vladimir Putin.

Desde o dia 28 de fevereiro, os governos do Reino Unido, da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos vêm anunciando sanções econômicas contra bilionários russo com o nome ligado ao presidente Vladmir Putin, em virtude da invasão da Rússia na Ucrânia.  Putin advertiu seus aliados por muitos anos que eles deveriam se proteger contra tais medidas, principalmente porque as relações com os EUA e países da UE azedaram após a anexação da Crimeia, em 2014.

Mas, enquanto alguns dos mais próximos seguiram seu conselho e mantiveram seus investimentos na Rússia, outros investiram em propriedades no exterior, e suas empresas permaneceram listadas em bolsas de valores estrangeiras. Eles agora são alvo das penalidades econômicas mais abrangentes impostas na era moderna. 

Nascido no Uzbequistão enquanto ainda fazia parte da União Soviética, ele dirige a USM Holdings, um grande conglomerado que envolve mineração e telecomunicações, incluindo a segunda maior rede móvel da Rússia, a MegaFon.

Considerado um dos oligarcas favoritos de Putin, Alisher Usmanov também é um dos mais ricos, com uma fortuna estimada em US$ 17,6 bilhões (R$ 89 bilhões), segundo a Forbes.  A UE anunciou sanções contra ele em 28 de fevereiro, e os EUA e o Reino Unido seguiram o exemplo. Ele chamou as sanções de injustas e disse que todas as acusações contra ele são falsas.

Quando o presidente Putin chegou ao poder, Oleg Deripaksa era imensamente rico, seu patrimônio chegando a cerca de US$ 28 bilhões (R$ 141,5 bilhões) – mas agora acredita-se que ele valha meros US$ 3 bilhões (R$ 15,2 bilhões).

Ele foi bastante afetado na crise financeira de 2008 e precisava de Putin para se salvar. Desde então, ele parece ter se recuperado e foi descrito no relatório Mueller – uma investigação dos EUA sobre os esforços russos para interferir nas eleições presidenciais de 2016 – como “estreitamente alinhado” com o presidente.

Ele fundou uma empresa de energia e metais verdes, o En+ Group, listado na Bolsa de Valores de Londres, mas reduziu sua participação para menos de 50% quando foi alvo de sanções dos EUA em 2018. Ao contrário de muitos oligarcas sancionados, Deripaska tem falado abertamente sobre sua visão sobre a guerra, indo às mídias sociais para pedir paz. “As negociações precisam começar o mais rápido possível!” ele escreveu.

As conexões de Igor Sechin com Putin são antigas e profundas: ele foi apontado como um dos conselheiros mais próximos de Putin, além de um amigo pessoal, e acredita-se que os dois estejam em contato diário. Os EUA impuseram sanções a ele em 2014, que o empresário chamou de “totalmente injustificadas e ilegais”. O país anunciou novas sanções contra ele em 24 de fevereiro.

Sechin passou sua carreira alternando entre empregos na política e nos negócios, às vezes ocupando cargos de alto escalão em ambos ao mesmo tempo. Ele já trabalhou com o presidente russo em outros momentos: na década de 1990, no gabinete do prefeito de São Petersburgo e durante o mantado de Putin como primeiro-ministro, o qual ele era vice-primeiro-ministro. Atualmente dirige a gigante estatal de petróleo Rosneft.

Ninguém sabe quanto dinheiro Sechin tem, mas há poucos sinais de que ele tenha uma riqueza substancial no exterior que possa ser facilmente descoberta, um obstáculo para congelar seus bens. Acredita-se que tenha trabalhado serviço de inteligência da antiga União Soviética, a KGB, embora nunca tenha admitido isso abertamente. 

Alexey Miller também construiu sua carreira com base em sua lealdade ao presidente, começando quando era vice de Putin no comitê de Relações Exteriores do gabinete do prefeito de São Petersburgo na década de 1990. Ele dirige a imensamente poderosa empresa estatal de gás Gazprom desde 2001.

Miller não foi sancionado após a anexação da Crimeia em 2014, mas, quando foi adicionado à lista nos EUA em 2018, disse estar orgulhoso: Não estar incluído na primeira lista… Eu até tive algumas dúvidas – talvez algo esteja errado? Mas finalmente estou incluído. Isso significa que estamos fazendo tudo certo”, disse ele.

A UE descreve Pyotr Aven como um dos oligarcas mais próximos do presidente, e Mikhail Fridman como um facilitador do círculo íntimo de Putin. Juntos, os dois homens criaram o Alfa-Bank, o maior banco privado da Rússia.

Aven se reunia com Putin no Kremlin cerca de quatro vezes por ano, dizendo que “entendeu que quaisquer sugestões ou críticas feitas por Putin durante essas reuniões eram diretrizes implícitas, e haveria consequências para Aven se ele não seguisse”.

Eles foram avisados ​​por Putin em 2016 para proteger seus investimentos de futuras sanções. Esta semana, o par se afastou do grupo LetterOne, com sede em Londres, fundado há quase dez anos, porque suas ações foram congeladas pelas sanções da UE em 28 de fevereiro.

Fonte: BBC News

 

Agro Dália

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