Meio Ambiente

Brasil pede à UE que adie implementação da lei antidesmatamento

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O Brasil solicitou, nesta quinta-feira (12), à União Europeia o adiamento da implementação da Lei Antidesmatamento (EUDR), que está prevista para entrar em vigor no final de 2024. A petição foi formalizada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em uma carta endereçada ao comissário europeu para Agricultura e Desenvolvimento Rural, Janusz Wojciechowski, durante uma reunião no Brasil.

Na carta, Fávaro expressou preocupação com a lei, que proíbe a importação de produtos provenientes de áreas desmatadas após dezembro de 2020. “O início previsto da EUDR representa um motivo de séria preocupação para diversos setores exportadores brasileiros e para o governo”, afirma o documento.

O governo brasileiro critica a EUDR como um “instrumento unilateral e punitivo” que desconsidera as leis nacionais de combate ao desmatamento e alega que a legislação tem aspectos extraterritoriais que violam o princípio da soberania.

A carta foi assinada também pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A lei, promulgada em 2023, exige que empresas importadoras comprovem a rastreabilidade dos produtos, como cacau, café, soja e carne bovina, por meio de dados de geolocalização e imagens de satélite.

A solicitação brasileira segue o pedido de adiamento feito pelos Estados Unidos e as preocupações levantadas por países africanos e asiáticos. Em setembro de 2023, um grupo de 17 países, incluindo 11 latino-americanos, três asiáticos e três africanos, já havia alertado a União Europeia sobre os possíveis impactos da legislação.

A Comissão Europeia afirmou que está “trabalhando intensamente na implementação” da EUDR. Um possível adiamento exigiria uma nova iniciativa legislativa da Comissão, cuja nova equipe deverá ser apresentada na próxima semana.

Fonte
Correio do Povo
Agro Dália

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