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Biden autoriza Ucrânia a usar mísseis americanos de longo alcance contra a Rússia

Segundo o 'The New York Times', agora o país de Volodymyr Zelensky poderá utilizar os armamentos fornecidos pelos EUA contra os russos, algo que estava vetado até o momento. Vladimir Putin considera a o ato uma escalada no conflito e havia prometido represálias.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA na guerra contra a Rússia, em uma decisão considerada um ponto de virada no apoio americano ao país em conflito. A autorização, que foi divulgada pelo The New York Times, ocorre em um contexto de intensificação do conflito, após a Rússia começar a contar com o envio de tropas norte-coreanas para apoiar suas forças armadas.

Os mísseis de longo alcance, que estavam vetados até agora, começarão a ser utilizados na região de Kursk, no oeste da Rússia, uma área tomada pela Ucrânia em uma contraofensiva em agosto. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comentou sobre a decisão, afirmando que “os mísseis falam por si mesmos”, em uma clara alusão ao impacto da medida.

A mudança de postura do governo de Biden surge após o aumento da presença militar norte-coreana ao lado das forças russas, o que elevou o nível de tensão no conflito. Nos bastidores, houve oposição dentro do Pentágono e da Casa Branca, com alguns temendo que a resposta de Moscou, incluindo a ameaça de testes nucleares, fosse ainda mais agressiva. Contudo, a urgência da situação e a escalada da guerra pareceram superar esses receios.

Ameaças e possíveis repercussões

A decisão de Biden de autorizar o uso dos mísseis de longo alcance pelos ucranianos tem gerado reações contundentes. A Rússia reagiu com dureza, e a agência de notícias Tass informou que parlamentares russos consideram a autorização uma “provocação sem precedentes”, com o potencial de desencadear uma terceira guerra mundial. Em suas declarações, o presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que a Rússia tomaria medidas adequadas caso os mísseis americanos sejam usados em território russo, inclusive com a possibilidade de ampliar o uso de armas nucleares.

Além disso, a escalada do conflito não se limita ao fornecimento de armamentos. A entrada das tropas norte-coreanas na guerra ao lado das forças russas também foi um marco significativo. Estima-se que até 50 mil soldados da Coreia do Norte possam ser enviados à Rússia para reforçar o esforço militar contra a Ucrânia até dezembro. As tensões envolvendo a Coreia do Norte elevaram o alerta internacional, com países como os EUA e membros da OTAN expressando preocupação com o impacto da parceria militar entre Moscou e Pyongyang.

Implicações para o futuro do conflito

A decisão de Biden reflete a mudança nas circunstâncias e a pressão crescente para responder à ofensiva russa. A escalada das tensões com a entrada de tropas norte-coreanas e o reforço das forças russas, que avançam nas frentes de batalha, tem levado os aliados da Ucrânia a revisar sua postura. A autorização para o uso de mísseis de longo alcance também ocorre em um momento de crescimento da oposição política dentro dos Estados Unidos, com críticos do governo Biden, como o ex-presidente Donald Trump, questionando a continuidade do apoio à Ucrânia e prometendo uma abordagem diferente caso vença as eleições de 2024.

Com a guerra se arrastando desde fevereiro de 2022, as novas fases do conflito e as mudanças nas alianças indicam que o cenário internacional continuará a evoluir rapidamente, com o risco de novas escaladas e consequências imprevisíveis.

Fonte
G1
Agro Dália

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