Facção do Presídio Regional de Pelotas é desmantelada com a operação de R$ 32 milhões
Após deflagrar na última sexta-feira, dia 22 de novembro, as Operações Caixa-Forte II e El Patron, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) já contabiliza 28 prisões, sendo 18 preventivas e 10 em flagrante. As operações tinham como objetivo desarticular um esquema comandado por facções criminosas de dentro do Presídio Regional de Pelotas (PRP), com operações adicionais em Charqueadas e Bagé, além de atacar a venda de drogas na Região Sul do Estado.
A operação Caixa-Forte II focou no tráfico de drogas e o ingresso de celulares nas prisões, enquanto a El Patron visou o braço financeiro da organização criminosa, desmantelando um esquema de agiotagem com juros abusivos, até 280%, e lavagem de capitais. Desde 2023, a facção criminosa movimentou mais de R$ 32 milhões. Foram bloqueadas 1.300 contas bancárias e sequestrados judicialmente quatro imóveis e 10 empresas, incluindo açougues, frigoríficos e imobiliárias, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Entre os resultados, foram apreendidos 11 dos 28 veículos alvo de busca, 12 armas de fogo, mais de R$ 700 mil em dinheiro apreendido ou bloqueado e cerca de sete toneladas de carne. A investigação do GAECO continua com a análise de documentos e interrogatórios de suspeitos, com um total de 118 pessoas investigadas, incluindo 27 apenados e oito transferidos do PRP.
O promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do GAECO na Região Sul, destaca a eficácia das operações: “Os números da Caixa-Forte II e El Patron demonstram a eficiência da investigação realizada pelo GAECO para desmantelar essa organização criminosa que operava de dentro do presídio. A operação expôs como a facção usava dinheiro do tráfico para financiar a agiotagem e vice-versa, movimentando e ocultando milhões de reais.