
O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou nesta terça-feira (28) a Operação Cibermadilha, que investiga um grupo responsável por aplicar o chamado “golpe dos nudes”. Parte da quadrilha operava de dentro da Penitenciária Estadual de Jacuí (PEJ), em Charqueadas.
A ofensiva do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) teve apoio da Brigada Militar e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois em Igrejinha e Parobé, no Vale do Sinos, e dois no presídio.
Vítimas e extorsão
Até o momento, foram identificadas duas vítimas, entre elas um servidor público e uma autoridade da área criminal. Segundo a promotora de Justiça Maristela Schneider, que coordena a investigação, os criminosos atraíam vítimas por aplicativos de relacionamento e, após troca de fotos íntimas, passavam a extorquir com ameaças.
O grupo chegou a enviar imagens de familiares das vítimas — obtidas em redes sociais — como forma de intensificar a pressão. Ao contrário de outras quadrilhas, os criminosos não exigiam valores fixos nem se passavam por autoridades, mas mantinham contato contínuo para obter vantagens financeiras.
Bloqueio de contas e sigilos afastados
Com autorização judicial, o MPRS determinou o bloqueio de contas bancárias e chaves PIX, além do afastamento dos sigilos bancário e telemático dos investigados. O material apreendido será analisado para rastrear os valores extorquidos e identificar outros envolvidos.
“Já identificamos quatro criminosos, sendo dois deles atuando de dentro do sistema prisional”, afirmou a promotora Maristela Schneider.
A operação também contou com a presença do promotor André Dal Molin, coordenador estadual do Gaeco.






