O menino de dois anos que permanece internado em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi vítima de abuso sexual, segundo conclusão da Polícia Civil. O pai, de 25 anos, será indiciado por estupro de vulnerável e está preso preventivamente desde 19 de novembro.
A investigação é conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente. Conforme o delegado Mauricio Barison, exames apontaram ferimentos compatíveis com violência sexual e material genético que reforça a suspeita contra o homem, que negou o crime ao ser interrogado.
Exames e medidas de proteção
O menino permanece hospitalizado. A Justiça determinou medidas protetivas que impedem qualquer aproximação ou contato do pai com a criança — medida atualmente cumprida pela prisão preventiva.
A polícia também aguarda o resultado de exames que vão indicar se o menino foi submetido a substâncias ilícitas, já que a mãe relatou comportamento incomum da criança antes do atendimento médico.
Linha do tempo da investigação
Terça-feira (18):
O menino foi levado ao hospital com desmaio e vômito. A equipe médica identificou sinais de abuso e acionou a Brigada Militar. Os pais foram ouvidos separadamente.
Relato da mãe:
Ela afirmou que o filho vinha demonstrando medo do pai e que chegou a suspeitar de possível intoxicação.
Quarta-feira (19):
O pai foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. No mesmo dia, o tio da criança, que também era investigado por possível participação no caso, foi encontrado morto em Cachoeirinha, com marcas de tiro e parcialmente despido.
A Polícia Civil investiga se houve omissão ou envolvimento da mãe, que prestou novo depoimento. O conteúdo não foi divulgado.
Próximos passos
O delegado Barison informou que o inquérito será encaminhado à Justiça em até 10 dias. A criança segue sob acompanhamento médico e sob proteção determinada pelo Judiciário.






