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RS estuda usar inteligência artificial para mapear risco de feminicídio

Proposta quer cruzar dados de saúde e assistência social para detectar sinais antes de agressões fatais

O governo do Rio Grande do Sul estuda adotar inteligência artificial para tentar conter o avanço dos casos de feminicídio e violência contra mulheres no estado. A proposta, em fase de desenvolvimento, visa cruzar dados de diferentes órgãos públicos para identificar padrões de risco antes que casos cheguem à polícia ou ao Judiciário.

De janeiro a setembro de 2025, o RS registrou 57 feminicídios — alta de 21% em relação ao mesmo período de 2024. As tentativas de feminicídio subiram 23%, com 205 ocorrências, e mais de 13 mil mulheres sofreram lesões corporais no período — média de 48 vítimas por dia.

Como funcionaria o sistema

Segundo o governo, a tecnologia permitirá:

  • Monitorar casos de forma contínua, cruzando registros de saúde, assistência social e conselhos tutelares

  • Emitir alertas preventivos quando surgirem sinais de risco

  • Mapear perfis de vítimas que ainda não procuraram a Justiça

A secretária da Mulher, Fábia Richter, afirmou que a meta é reforçar a rede de proteção:

“Queremos entender a mecânica dos casos e dar mais liberdade e segurança às mulheres.”

Já a secretária adjunta, Viviane Viegas, explica que o foco está na antecipação de riscos:

“Muitos sinais surgem antes de uma denúncia formal, mas ficam restritos a outros sistemas.”

Ainda não há data definida para a implementação da ferramenta.

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