
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insinuou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, teria relação com o assalto à casa dos seus avós em Resende (RJ), neste domingo (24). O crime é investigado pela Polícia Civil, que ainda não confirmou motivação ou suspeitos.
Família foi feita refém
Segundo o parlamentar, sua mãe, Rogéria Bolsonaro, e os avós — um casal de mais de 80 anos — ficaram mais de uma hora em cativeiro dentro da residência. Os criminosos teriam dito saber quem eram as vítimas e mencionado o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O filha da p… do Alexandre de Moraes congelou minha conta e da minha mulher. Como vou arranjar segurança para eles?”, questionou Eduardo em vídeo publicado nas redes sociais, relacionando o episódio às medidas judiciais que enfrenta no Brasil.
Acusação direta e clima político
No vídeo, Eduardo afirmou que a ação criminosa seria uma “resposta” à atuação da família nos Estados Unidos, onde têm denunciado o que chamam de violações de direitos humanos no Brasil. Ele responsabilizou o ministro Moraes por “criar um clima” que, segundo ele, favoreceria esse tipo de ataque.
“Essa irresponsabilidade, no mínimo, ou medida pensada, é para tentar nos assassinar e parar as denúncias que fazemos nos Estados Unidos”, declarou o deputado.
Investigação em andamento
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O crime ocorreu no bairro Campos Elíseos, em Resende (RJ).
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A 89ª Delegacia de Polícia está à frente do caso.
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A residência passou por perícia, e imagens de câmeras de segurança estão sendo coletadas.
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O senador Flávio Bolsonaro afirmou que os familiares “estão todos bem”.
Contexto
A declaração do deputado ocorre em meio a novos desdobramentos judiciais contra a família Bolsonaro. Eduardo e o ex-presidente Jair Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal por suposta coação e por incentivar atos hostis contra o Brasil no exterior.